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Prefeito reeleito de Camalaú deve se manter afastado da prefeitura por 180 dias

“Gratidão a Deus e ao povo de Camalaú, por nos conduzir e proporcionarem a oportunidade de representá-los por mais quatro anos como Prefeito de nossa cidade.” Estas foram as palavras do prefeito reeleito da cidade de Camalaú, Sandro Môco, ao expor na tarde desta quinta-feira (17), em sua rede social, o diploma emitido pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TER-PB). Mas ele não sabia o que estaria por vir na manhã de hoje (18). O tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decidiu que o prefeito deve se manter afastado da prefeitura municipal pelo período de 180 dias.

A decisão foi tomada pelo desembargador Arnóbio Alves Teodósio, pelo fato do prefeito reeleito estar sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime organizado (Gaeco), pelo envolvimento em esquemas fraudulentos de emissão de documentos falsos e locação de veículos do próprio prefeito, registrados no nome de laranjas.

Mesmo sendo diplomado o prefeito não poderá assumir o mandado pelo período determinado pelo TJPB, porque “independentemente de adentrar a novo mandato eletivo, uma vez que, durante o prazo de afastamento, encontra-se o investigado proibido de exercer cargo ou função pública”, ressaltou Arnóbio Alves. O desembargador disse ainda que o objetivo do afastamento é impedir que o prefeito possa influenciar na colheita de provas.

De acordo com o Gaeco, o esquema criminoso pode ter deixado aos cofres públicos um prejuízo de mais de R$ 300 mil.

* Informações de Josean De Lucena