Opinião

Auxiliares de Cícero: onde estão os aliados?

As eleições acabaram, mas seu efeito há de durar um longo tempo. Como ninguém faz nada sozinho, para vencer a disputa, Cícero Lucena (PP) contou com apoios de outros partidos. Costuras que agora hão de formar o tecido conjuntivo da gestão. Contemplar os aliados é parte do processo e isso não está errado. São as regras do jogo. Na conta entram secretarias, cargos de comando em diferentes órgãos.

E a distribuição dos espaços já começou. Estranho é que, até agora, praticamente só o PP foi contemplado para as 23 secretarias, algumas das mais importantes, anunciadas por Cícero. Uns nomes já não eram mistério: Diego Tavares (Gestão Governamental) e Socorro Gadelha (Habitação), por exemplo. Outros causaram supresa como o de Margareth Diniz, ex-reitora da Universidade Federal da Paraíba, que ficou com Ciência e Tecnologia. Ela é um dos quadros apontados como técnicos da gestão. Não está só.

Seguindo a linha técnica, há empresários com larga experiência no setor privado. Mais uma vez, para citar alguns exemplos, é assim na Saúde, na Administração, no Turismo. Levando em consideração que os objetivos das coisas pública e privada diferem pela própria natureza, veremos que modelo de gestão vão implantar e quais serão os resultados.

Ainda sobre as secretarias… Restam 12, entre elas, as pastas da Transparência, da Mulher, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Urbano. São essas que vão ter de saciar os que ficaram (a cada um segundo seu peso na eleição). Dos partidos que apoiaram o Progressitas nos primeiro e segunto turnos, DEM, SD, PSL, MDB, Avante já receberam suas cotas, mas faltam PTB, Republicanos, PTC, PMN, PRTB, PMB e, claro, o Cidadania.

Cícero terá agora o trabalho de fiar essas linhas e acomodá-las sem que sobrem pontas soltas. Já é um de seus desafios: atender a tantos padrões sem que tensões sejam capazes de arrebentar a trama.