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Mutação do coranavírus é identificada na Paraíba. Vacinas são eficazes

Variações do Coronavírus têm sido encontradas em todo o mundo. No Brasil, desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020, já foram identificadas pelo menos 40 linhagens. É o que diz a Fiocruz, referência na vigilância epidemiológica do Sars-CoV-2 e responsável pelo sequenciamento genético do genoma viral.

Na Paraíba, foram detectadas duas cepas do vírus, a B.1.1.28 e a B.1.1.33, e uma mutação em uma delas. A afirmação é do secretário executivo de Saúde do Estado e médico sanitarista, Daniel Beltrammi. Ele revelou que há “uma mutação identificada na linhagem 28”. De acordo com Beltrammi, “as mutações atuam para ampliar a capacidade de infecção do vírus”.

Pesquisas realizadas no Reino Unido revelam que o coronavírus está ficando cada vez mais contagioso. As novas cepas são capazes de se proliferar até 74% mais rápido, todavia, assim como as demais, não sobrevivem por muito tempo sozinhas. A bióloga Letícia Azambuja explica que “os vírus não têm células, eles são compostos por DNA ou RNA e cobertos por uma camada de proteína, então só conseguem se manter vivos dentro de um hospedeiro”.

As vacinas têm um papel importante no combate aos vírus. Elas fortalecem o sistema imunológico e fazem com que o organismo produza anticorpos capazes de enfrentá-los.  O Brasil trabalha hoje com dois tipos de vacinas contra a Covid-19: Oxford/AstraZeneca e Sinovac/Coronavac. Até agora foram aplicadas no país 3,59 milhões de doses segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa que apurou ainda: pouco mais de 25 mil pessoas tomaram a segunda dose.

Comparação entre vacinas contra o coronavírus

Beltrammi esclarece que “até a presente data os fabricantes das Pfizer, Moderna e Oxford têm dito que, nos ensaios preliminares, as vacinas têm mantido atividade protetiva contra as novas variantes do vírus”.

Na Paraíba, falta muito para a imunização de toda a população de 4.039.277 milhões de habitantes (IBGE). Das 223.680 doses enviadas ao Estado pelo Ministério da Saúde para vacinar 111.860 pessoas de grupos prioritários, 67.114 foram aplicadas até agora, o equivalente a 59% delas. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES), responsável pela distribuição dos lotes. A aplicação fica por conta dos Municípios.

Como ainda não há vacinas suficientes para toda a população contra a Covid-19, cuidados básicos de higiene são essenciais para criar uma barreira de proteção. O secretário reforça que as novas variações do coronavírus “não são imunes aos efeitos protetivos das máscaras, do distanciamento social e da lavagem das mãos”. É um lembrete importante de que nosso comportamento é o que vai fazer a diferença entre a prevenção e a infecção e, até mesmo, entre a vida e a morte.