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Vereadora deixa sessão virtual após dizer que foi chamada de ‘Vira-lata’

A vereadora Eliza Virgínia (PP) se retirou da sessão virtual, após dizer que foi chamada de vira-lata pelo vereador Marmute Cavalcanti (PSL). A discussão aconteceu após divergências na votação de uma matéria de remanejamento entre secretarias municipais.

“Por mais razões que o vereador Marmuthe tenha, eu não vou ficar numa sessão em que todos nós somos chamados de ‘vira-lata. Então estou me retirando desta sessão”, disse a vereadora Eliza, saindo da sessão virtual logo em seguida. A parlamentar ainda sugeriu que Marmuthe Cavalcante estaria querendo chamar atenção com a fala.

O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, vereador Dinho (Avante), tentou amenizar o constrangimento e a a confusão. Dinho disse que não havia escutado e que não acreditava que o vereador tivesse tido a intenção de chamar ninguém de vira-lata. “Ele não falou se referindo a nenhum vereador não”, explicou o presidente da casa, que complementou dizendo que não permitirá agressões entre os integrantes da casa. “Estamos numa casa de 27 parlamentares e todos terão o direito da fala. Eu não aceito agressões”, completou.

A sessão continuou e a vereadora Eliza Virgínia decidiu voltar, mas continuou alfinetando o vereador Marmuthe. “Resolvi voltar porque o projeto é muito mais importante do que qualquer fala lacradora de qualquer vereador para chamar atenção”, completou.

Marmuthe pediu a fala novamente para rebater Eliza, afirmando que a parlamentar tinha tido uma fala infeliz da vereadora, pediu para que ela se informasse sobre a expressão ‘síndrome de vira-lata’, pois ela estava desinformada. “Ela não conhecia a força da expressão “complexo de vira-lata” e tenta aparecer na sessão. A vereadora usou o tempo para dizer que sou baixo, mas eu tenho educação, diferentemente da senhora. Eu não Sou baixo, nem destratei ninguém aqui. Apenas estava explicando que R$10 mil reais são pouco para esse remanejamento”, exclamou Marmuthe, recebendo solidariedade de alguns vereadores como Marcos Vinícius (PT), que colocou a interpretação da expressão ‘complexo de vira-lata’.

Por fim, apesar da confusão, o projeto foi votado e aprovado pela maioria.