Política com pimenta

“Presidente Bolsonaro precisa chamar o feito a ordem” diz Walber Virgulino

O deputado Walber Virgulino (Patriota) não se conteve com a visita de um ministro de Jair Bolsonaro na última sexta-feira, à capital paraibana. Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, foi recebido pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro e por Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa, ambos do Progressitas (PP).
Em sua rede social, Virgulino saiu com essa:

“Intimamente, acho que já passou da hora do nosso Presidente @jairmessiasbolsonaro chamar o feito a ordem e fazer esses ministros do Governo Federal compreenderem que estamos numa guerra e guerra se faz com sentimento de grupo. A campanha eleitoral de 2022 se aproxima e alguns ministros do Governo Bolsonaro em vez de fortalecerem as bases bolsonaristas Brasil a fora, parece que não compreendem a situação que o país se encontra e procuram fortalecer e prestigiar adversários que nunca apoiaram e apoiarão o Presidente. É muito fácil ser Bolsonaro em Brasília e ser João Azevedo, Cicero Lucena e Lula na Paraíba. Ou é ou não é.”

Bolsonarista radical, fiel ao presidente, Virgulino está no primeiro mandato. Foi eleito em 2018, mas ainda não compreendeu que na democracia (por mais combalida que esta esteja) não há inimigos e que adversários podem e devem agir de maneira republicana, o que exige respeito e diálogo.

Outra coisa: Marinho foi do PSDB, partido de centro-direita. Antes era do PSB, partido de centro-esquerda. Está no governo Bolsonaro, mas esteve na Câmara federal por dois mandatos, o último deles findou em 2019. Logo, conhece Aguinaldo Ribeiro e não é de hoje. Começou a carreira política na década de 90, portanto, não é nenhum estreante. Virgulino parece querer ensinar o “padre nosso ao vigário” e esquece que o próprio capitão, a quem serve cegamente, está com o centrão de Aguinaldo, que já esteve com Lula, com Dilma, com Temer e, que agora, está com Bolsonaro.

Moral da história: Walber cumpre seu papel ideológico. É o capataz que tenta agradar ao capitão. Como diz um amigo meu:  “capatazes defendem os interesses da Casa Grande. Agradam aos patrões. Mas, não se sentam à mesa com eles”.