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Volta das coligações faz deputados Adriano Galdino e Cabo Gilberto baterem de frente novamente

O deputado estadual Cabo Gilberto (PSL) voltou a bater de frente com o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado estadual Adriano Galdino (PSB). Desta vez, por causa da volta das coligações partidárias.
Enquanto Galdino fez uma convocação para que os colegas parlamentares que apoiam a mudança pressionem os senadores paraibanos para votar a favor do retorno, Cabo Gilberto que é líder da oposição, distribuiu áudio condenando o que chamou de retrocesso.
A volta das coligações já passou pela Câmara e será analisada pelo Senado, por isso, a intenção de Galdino pedir apoio dos senadores da Paraíba para aprovação da PEC que precisa ser aprovada em dois turnos por 2/3 dos votos no senado.

O que disse Gilberto

O líder da oposição alega que o atual modelo traz mais transparência para o processo de escolha dos parlamentares.
Para ele, a volta do modelo das coligações é um retrocesso porque deixa o processo eleitoral sem transparência.
“Quer dizer: um partido A se coliga com o B, mas a população voltou no A. Queria que o candidato A vencesse. Porém quem venceu foi o candidato B, totalmente contrário às ideias. Então, cada partido tem que mostrar sua cara, sua bandeira e tem que mostrar sua identidade para conquistar o eleitor”, explicou o deputado.

O que diz Galdino
Para Galdino, o modelo atual de eleição proporcional, onde candidatos do mesmo partido se ajudam na votação, foi feito para manter somente os partidos fortes e é antidemocrático.
“Acabar com as coligações só tem um único objetivo; ficar sete ou oito partidos no Brasil para que esses partidos grandes fiquem com o bolo do fundo partidário para eles. E quanto menos partidos mais fundo partidário para os que continuam funcionando. Eu não sei até que ponto isso é bom para a democracia. Pelo contrário, acho que é ruim”, afirmou.

O presidente da Casa enviou em um grupo privados dos deputados o contato dos três senadores paraibanos: Daniella Ribeiro (Progressistas), Nilda Gondim (MDB) e Veneziano (MDB). “Os deputados que forem favoráveis, pince essa matéria e envie aos senadores. Vou colocar o celular dos três senadores para quem ainda não tiver”, avisou.
Em que pesam as coligações?
A preocupação de Galdino é de que ao ingressar no Avante, o partido não consiga alcançar a cláusula de barreira, já que é uma legenda pequena e precisa eleger mais deputados federais e senadores para não correr o risco de ser extinto.

Já para Cabo Gilberto a situação é mais favorável. Na últimas eleições PSL, cresceu estimulado pelo ‘bolsonarismo’, sendo hoje o segundo maior em número de parlamentares no Congresso Nacional. Isto oferece mais segurança para quem vai disputar as eleições no próximo ano. Até o momento, não há muito com que se preocupar. Mas há de salientar que o deputado Cabo Gilberto se coloca contra as coligações já faz algum tempo, antes mesmo de mudar a legislação eleitoral.
Lembrando que a formação de coligações eleitorais permite a união de partidos em um único bloco para a disputa das eleições proporcionais. O mecanismo favorece os chamados “partidos de aluguel” e menores, sem muita expressividade. O texto deve entrar ainda deve entrar em pauta no Senado.