Opinião

Baixa no governo de João Azevêdo é PDT se posicionando no jogo eleitoral

2022 já começou para o clã Feliciano. Pelas redes sociais, a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) anunciou a saída de seu filho Gustavo Feliciano (PDT) da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico.

“Ele vai se dedicar à campanha inteiramente e vamos ficar à vontade para a análise do cenário. Não se trata de rompimento, porque não brigamos”, disse Lígia.

É este cenário a inclui como provável candidata ao governo da Paraíba pelo PDT para fortalecer aqui a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República em 2022.

A fala de Lígia é sintomática porque mostra a  disposição do partido na busca por competitividade, condição precípua para eleição de candidatos.

Há ainda uma tendência à polarização no campo nacional, mas o PDT, como em outras eleições, tenta se qualificar para o assumir um espaço estratégico: a terceira via.

Fácil não está. A estagnação de Ciro na corrida presencial tem levantado uma série de desconfianças internas. Uma ala do PDT já defende a flexibilização de palanque estaduais.

Neste sentido, o posicionamento de Lígia tem a lógica dos anos anteriores: se colocar no jogo. Mais à frente, a depender das decisões do PDT e até de uma desistência de Ciro (hipótese vem sendo ventilada por correligionários depois do lançamento da pré-candidatura de Sérgio Moro), a vice-governadora pode brigar pela manutenção de seu nome na chapa com João Azevêdo (Cidadania).

Seria uma reedição de movimentos semelhantes no passado e bem comuns no jogo eleitoral para a valorização de passes. O PDT paraibano está fazendo seus cálculos.