Opinião

Racha no Cidadania e a situação de João Azevêdo

O Cidadania rachou depois de uma reunião nesta terça-feira (2) para decidir os rumos do partido nas eleições de outubro.

A ideia de uma federação com o PSDB, defendida pela presidente da legenda, Roberto Freire, desagrada metade da Executiva do partido. Isso porque essa composição levaria ao apoio da candidatura de João Dória, governador de São Paulo.

Dos 20 membros da Direção do Cidadania, 10 disseram não à federação com os tucanos e um se absteve. Foi o ex-senador Cristóvam Buarque.

A decisão ficou para o dia 15.

Qual a probabilidade?

O cenário é o seguinte: 12 diretórios regionais, incluindo o paraibano, são contra a federação porque querem candidatura própria à presidência com o senador Alessandro Vieira (SE). Todavia, os diretórios de Pernambuco e São Paulo defendem a união e eles são são os maiores. Sendo assim, a união com os tucanos tem tudo para acontecer.

Proposta que azedaram

Outras duas propostas apresentadas foram enterradas na reunião. A federação com o Podemos de Sérgio Moro, defendida pelo deputado Alex Manente (SP), líder do Cidadania na Câmara Federal não convenceu. A proposta de apoio ao PDT e Ciro Gomes também foi descartada.

E João Azevêdo?

Das duas uma: ou aguarda o desfecho dessa história ou desembarca de vez do Cidadania.  Esperar pode não ser o melhor negócio em um cenário que exige protagonismo. Embora não tenha nada decidido ainda, João trabalha no meio de campo em conversas e articulações com outros partidos e lideranças. Nesta quinta-feira (3), ele encontra com a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, do PC do B.