Opinião

Saiu menor que entrou – Romero Rodrigues e o “golpe” do PSD

Ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues falou sobre sua perda do comando do PSD paraibano para a senadora Daniella Ribeiro (PP) . A uma rádio local na última terça-feira (29),  disse que foi vítima de uma política suja por parte de quem ajudou em eleições passadas:  “isso é o que me entristece mais, é você ser vítima de alguém que defendeu nas eleições de 2018. Trabalhei incansavelmente pra senadora Daniella, andei de rua em rua, de bairro em bairro de Campina Grande pedindo voto”, afirmou.

Foi um “golpe” segundo o ex-prefeito campinense que está sem mandato: “fui expurgado do partido”, lamentou. Romero afirma que foi pego de surpresa pela decisão de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, em favor de Daniella. A manobra que a colocou na presidência estadual do PSD teria a assinatura do deputado federal e irmão da senadora, Aguinaldo Ribeiro (PP).  Esse movimento marca o fim da aliança que fez de Enivaldo Ribeiro, o patriarca dos Ribeiro, vice-prefeito de Romero em sua segunda gestão.

Convites 

Romero Rodrigues agora avalia suas possibilidades. Quatro legendas já teriam manifestado interesse em sua filiação: PSC, PSDB (de onde ele saiu para presidir o PSD), União Brasil e PL: “o ex-senador Cássio Cunha Lima e o deputado federal Wellington Roberto me ligaram e fizeram o convite”, adiantou. Nesta quinta-feira (31), ele anuncia o novo partido.

Menor do que entrou

Fato é que sai menor de todo esse processo. Não tem mandato, nem tem legenda para chamar de sua. Pela frente, terá um difícil caminho de reconstrução, mas ele afirma que tem recebido apoio de toda a parte: “sem mandato, mas recebendo solidariedade e manifestação de consciência todo dia do povo de Campina e da Paraíba. Tudo no tempo de Deus. As eleições são em outubro, e se o eleitor entender que sou merecedor de um novo mandato, que me ‘oportune’ isso”, concluiu.