Campina Grande, Notícias, Paraíba

Salão do artesanato da Paraíba segue até dia 3 de julho em Campina Grande e deve atrair mais de 100 mil pessoas

Até o dia 3 de julho, das 15h às 22h, todos os dias da semana, quem passar por Campina Grande poderá visitar o Salão de Artesanato da paraíba. Nesta edição, o evento presta uma homenagem aos bordados, com o tema “Bordados que contam histórias”. O evento volta a acontecer depois de dois anos, e tem a expectativa de superar os números de 2019, quando o Salão foi realizado pela última vez na Rainha da Borborema antes da pandemia, quando  a visitação superou as 100 mil pessoas e um volume de negócios que chegou a R$ 1,3 milhão.  O Salão acontece no Museu de Arte Contemporânea (MAC)/Unifacisa.

Salão está montado em uma megaestrutura, com área de 3,4 mil m², ambientada e decorada com inspiração no grande homenageado, o bordado, peças artesanais em suas mais diversas tipologias: labirinto, madeira, brinquedos populares, artesanato indígena, crochê, tricô e — claro — o bordado, que se multiplica em desenhos únicos.

O governador João Azevêdo esteve essa semana no evento, classificou o Salão como “uma grande festa do artesanato paraibano, que está sendo reconhecido no Brasil e no mundo, o que é mais importante. São 400 artesãos mostrando suas habilidades e o que a Paraíba tem de melhor”,disse João Azevêdo.

A primeira dama Ana Maria Lins é a presidente de Honra do Programa de Artesanato Paraibano e tem acompanhado toda a formulação do evento.

A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, ressaltou os esforços do Governo do Estado na realização do 34° Salão do Artesanato. “O momento é de alegria e gratidão. É muita gente do bem que se juntou neste que é o maior Salão que Campina já teve”, disse.

Coração a mil — Para quem está sendo homenageado o sentimento vem reunido com ansiedade e gratidão. Tipologia tradicional e presente em diversos municípios paraibanos, a homenagem ao bordado vem fortalecer ainda mais a arte, que se faz muito presente em João Pessoa, Campina Grande (com destaque para o Distrito de Galante), Alagoa Nova, Serra Redonda e Gurinhém.

A bordadeira Thalilia Costa, de Alagoa Nova, falou em nome das homenageadas. “Eu espero de coração que todos os artesãos valorizem essa oportunidade que o Governo da Paraíba nos dá. Nós não podemos normalizar o fato de termos um estande para expor nossas peças, um alojamento para ficar. Na Paraíba a gente tem isso de graça”, disse.

Com mãos hábeis e mostrando que no bordado não há espaço para preconceito, Tiago Cavalcante, do município de Gurinhém e aos 20 anos, viu na tipologia a oportunidade de ter uma renda. “Entrei por necessidade mesmo. Mas logo vi que o bordado poderia me dar muito mais. Por enquanto, quero me aperfeiçoar ainda mais”, disse, mostrando almofadas e panos de prato que ficaram ainda mais bonitos com desenhos únicos.

De Alagoa Nova, a artesã Eurídice Honorato não esconde a alegria com a abertura do Salão, o “grande dia”, como fez questão de ressaltar. “Participo do Salão desde 2012 e essa é a primeira vez que o bordado é homenageado. Essa homenagem vai fazer o bordado ser ainda mais lembrado. Estou muito feliz”, disse.

O comerciante Eliomar de Arimateia Diniz também expressou sua alegria por receber um crédito emergencial do Empreender-PB, no valor de R$ 11 mil, para poder voltar a negociar durante os festejos juninos no Parque do Povo depois de ter sua barraca incendiada. O contrato foi assinado durante a solenidade de abertura do salão.

Arte e ressocialização

Mais uma vez a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) tem espaço garantido na nova edição do Salão do Artesanato Paraibano que acontece em Campina Grande. As peças confeccionadas por reeducandos receberam lugar de destaque dentre as diversas obras de artesãos de todo o Estado.

artesanato está presente em todas as unidades prisionais da Paraíba como parte do processo de ressocialização. Há vários projetos que trazem a arte como forma de terapia e trabalho, alguns dos itens produzidos por eles são: bonecas, sousplat, molho de pimenta em conservas, petisqueiras, chaveiros, relógios e bancos de madeira, redede pescas, porta-celulares e panelas de barro.

Solidariedade – Outro destaque é que o Salão abrirá, como em outras edições anteriores do evento, as portas para a solidariedade. A organização lembra que não é obrigatório, mas pede que os visitantes levem um quilo de alimento não perecível. As doações serão destinadas a instituições filantrópicas após o término do evento.

O 34° Salão do Artesanato Paraibano também abraçará a sustentabilidade. Durante o evento é proibido o uso de canudos e sacolas plásticas.

Salão do Artesanato Paraibano é uma realização do Governo do Estado, em parceria com: Sebrae, Unifacisa, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Empreender-PB, Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), Junta Comercial do Estado da Paraíba (Jucep), Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), São Braz, Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), manacá – plantas e projetos, O Resgate, Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), Procon-PB, Rede Ita, Fundação Pedro Américo, Fundação Espaço Cultural (Funesc) e Hospital Padre Zé.

Serviço:

34° Salão do Artesanato

Local : Museu de Arte Contemporânea (MAC)/Unifacisa – Campina Grande

Período : 8/6 a 3/7

Horário :  15h às 22h

Tema : “Bordados que contam histórias”