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PSB de Alckmin evita PT nos estados, inclusive na Paraíba, e vai apoiar até aliados de Bolsonaro

Maior partido aliado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha presidencial e legenda do candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin, o PSB não estará no mesmo palanque que os petistas no Distrito Federal e em 11 estados. A Paraíba é um deles, onde PT está com o candidato do MDB, Veneziano Vital do Rêgo.

Empenhado em ampliar sua bancada no Congresso Nacional, o partido traçou suas próprias estratégias nos estados que incluem neutralidade, candidaturas solo e até mesmo apoio a candidatos a governador aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em Mato Grosso do Sul, o PSB aprovou em convenção uma aliança formal com o candidato a governador Eduardo Riedel (PSDB).

O cenário é semelhante em Mato Grosso, onde o PSB fechou uma aliança formal com o governador Mauro Mendes (União Brasil), candidato que apoia e é apoiado por Bolsonaro.

No Paraná, a aliança será informal. O partido aprovou em convenção que ficará neutro na eleição estadual e apoiará Lula na eleição presidencial e a reeleição de Álvaro Dias (Podemos) ao Senado. Na prática, contudo, a maior parte do PSB apoiará a reeleição do governador Ratinho Júnior (PSD), que fechou uma aliança formal com o PL e defende um novo mandato para Bolsonaro.

No Tocantins, os pessebistas decidiram no prazo limite das convenções lançar o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha como candidato a senador sem apoio a nenhum candidato a governador. Ao mesmo tempo, o candidato ao governo Ronaldo Dimas (PL) decidiu entrar na disputa sem nenhuma candidatura ao Senado

Em Roraima, o PSB estará no mesmo palanque que o PL em apoio a Teresa Surita (MDB), ex-prefeita de Boa Vista e candidata ao governo. O PT, por sua vez, apoia a candidatura de Rudson Leite (PV), que aderiu informalmente à reeleição do senador bolsonarista Temário Mota (Pros).

Em Alagoas, o partido firmou uma aliança com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), em apoio à candidatura de Rodrigo Cunha (União Brasil). Mas na última hora recuou da parceria e lançou um candidato ao Senado, mantendo apoio informal a Cunha na eleição estadual.

PSB e PT estarão em palanques distintos na Paraíba, Ceará, Amazonas, Acre e Rio Grande do Sul e Distrito Federal, mas sem apoio a candidatos a governador ligados a Bolsonaro.

Os dois partidos ainda enfrentam um imbróglio no Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, com duplas candidaturas ao Senado em suas respectivas chapas.

PSB E PT SEPARADOS

Paraná – PT com Roberto Requião (PT) e PSB em neutralidade
Rio Grande do Sul – PT com Edegar Pretto (PT) e PSB com Vicente Bogo (PSB)
Ceará – PT com Elmano de Freitas (PT) e PSB com Roberto Cláudio (PDT)
Amazonas – PT com Eduardo Braga (MDB) e PSB com Ricardo Nicolau (Solidariedade)
Paraíba – PT com Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e PSB com João Azevêdo (PSB)
Mato Grosso – PT com Márcia Pinheiro (PV) e PSB com Mauro Mendes (União Brasil)
Alagoas – PT com Paulo Dantas (MDB) e PSB em neutralidade
Distrito Federal – PT com Leandro Grass (PV) e PSB com Rafael Parente (PSB)
Mato Grosso do Sul – PT com Giselle Marques (PT) e PSB com Eduardo Riedel (PSDB)
Tocantins – PT com Paulo Mourão (PT) e PSB em neutralidade
Acre – PT com Jorge Viana (PT) e PSB em neutralidade
Roraima – PT com Rudson Leite (PV) e PSB com Teresa Surita (MDB)

PSB E PT ALIADOS

São Paulo – Fernando Haddad (PT)
Rio de Janeiro – Marcelo Freixo (PSB)
Minas Gerais – Alexandre Kalil (PSD)
Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT)
Pernambuco – Danilo Cabral (PSB)
Pará – Helder Barbalho (MDB)
Santa Catarina – Décio Lima (PT)
Goiás – Wolmir Amado (PT)
Maranhão – Carlos Brandão (PSB)
Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB)
Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT)
Piauí – Rafael Fonteles (PT)
Sergipe – Rogério Carvalho (PT)
Rondônia – Daniel Pereira (Solidariedade)
Amapá – Clécio Luís (Solidariedade).

Com informações da FOLHA

Foto capa: Lula e Geraldo Alckmin participam da Convenção Nacional do PSB – Gabriela Biló-29.jul.22/Folhapress