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Paraibano é dono de um dos ônibus detidos em atos antidemocráticos no Distrito Federal

Um dos 87 ônibus apreendidos no Distrito Federal depois do terrorismo promovido por bolsonaristas radicais no domingo passado (8), placa MQC0637 com registro em Bayeux (PB), pertence a um paraibano de acordo com a Polícia Federal. É o empresário William José da Silva. Pelo menos 45 pessoas foram levadas para Brasília e estão detidas pela participado dos atos golpistas e na depredação dos prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.

As despesas com transporte, alimentação e hospedagem, segundo os próprios bosonaristas autuados disseram em depoimento, foram custeadas por empreários “do agro” e politicos. Na Paraíba, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, vem investigando o financiamento dos atos antidemocráticos com verba parlamentar e recursos do fundo partidário.

Os ataques dos extremistas causaram mais que prejuízo material. A tentativa de golpe contra a democracia trouxe perdas históricas e culturais de um patrimônio de valor inestimável: obras de arte foram roubadas ou destruídos durante a invasão à sede dos poderes. Entre elas, um relógio da corte de Luís XIV, um presente para o Estado brasileiro, que pode ter sido perdido.

Prisões

Mais de mil pessoas foram detidas no DF acusadas de participação nos atos golpistas, cerca de 300 delas no dia da invasão por atos de vandalismo. Um dia depois da prisão, ou seja, na noite da segunda-feira (9), a Polícia Federal começou a liberar mulheres com filhos pequenos e idosos.

Nesta terça-feira (10), Anderson Torres, ex-secretário de segurança do Distrito Federal e também ex-ministro da Justiça, teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por suspeita de ter facilitado a invasão dos radicais golpistas. Além dele, o coronel Fábio Augusto, ex-comandante-geral da Polícia Militar e responsável pelo comando das forças de segurança no dia dos ataques, foi preso.