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PSOL vai ao STF contra Nilvan Ferreira, Wallber Virgulino, Pâmela Bório e outras lideranças bolsonaritas na Paraíba

O PSOL da Paraíba entrou, nesta sexta-feira (13) com uma Notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) para que as redes sociais de parlamentares e lideranças políticas bolsonaristas do estado sejam retiradas do ar por “incitação ao crime” uma vez que eles teriam participação direta ou indireta nos atos antidemocráticos e golpistas de domingo (8), em Brasília. Na ação o PSOL também pede que o STF avalie a possibilidade de “decretação de prisão para manutenção da ordem pública”.

São alvos da petição o deputado estadual Walber Virgulino (PL), o ex-candidato a governador Nilva Ferreira (PL), a vereadora pessoense Eliza Virgínia (PP) e a suplente de deputada federal, Pâmela Bório  (PSC). Mas a lista deve crescer:

“Conversei com Olimpio Rocha, que é o advogado dessa ação, para que ele também faça um aditivo para inserir o Cabo Gilberto, que é parte dessa milícia criminosa que tem instigado e praticado atos contra a nossa democracia que nós vimos agora lá no Planalto, no Congresso Nacional, com os atentados terroristas e ameaças de bomba. Nosso país precisa retomar a normalidade e esses criminosos precisam ser punidos”, afirmou Tárcio Teixeira, vice-presidente da federação PSOL/REDE.

A ação contém “prints” dos perfis dos bolsonaristas com publicações que instigam e aplaudem a invasão. Wallber Virgulo comemorou ao publicar uma foto da invasão aos Três Poderes: “Supremo é o povo”, escreveu. NIlvan Ferreira endossou o ato golpista com um vídeo do protesto: “O povo tem força e não vai aceitar a morte da nossa liberdade!”, disse ele. Eliza Virgínia também postou vídeo e comentou: “Isso é resultado de esticar a corda”. A ex-primeira dama da Paraíba e suplente de deputada, Pâmela Bório”, fez vários vídeos. Em um deles ela afirma: “não vamos entregar nosso país sem luta”.

No texto da Notícia-Crime, o PSOL afirma:  “Como se vê, todos os noticiados, de forma pública, apoiaram o atentado cometido contra a Democracia Brasileira, no último dia 08 de janeiro. Não é aceitável ou imaginável que pessoas que tenham sido candidatas ou eleitas como representantes do povo em um regime democrático, por meio de eleição livre, possam apoiar, incentivar e mesmo participar de atos que atentem contra o Estado Democrático de Direito”.

O texto aponta ainda que há previsão constitucional para a perda de mandato dos denunciados: “A Constituição Federal, inclusive, em seu artigo 55, II, estabelece que perderá o mandato o Deputado ou Senador “cujo procedimento for incompatível for declarado incompatível com o decoro parlamentar”. Ora, o  apoio público a atos atentatórios ao Regime Democrático configura, de maneira clara e direta, comportamento incompatível com o decoro parlamentar”.

Á Rádio Arapuan, Cabo Gilberto disse que não comentaria uma ação de uma legenda sem representação popular na Paraíba. Eliza Virgínia comentou que Tárcio Teixeira a persegue e que iria fazer um Boletim de Ocorrênia contra ele. Nilvan Ferreira ironizou: “o advogado que elaborou essa petição precisa voltar para o período P1 de Direito pra poder perguntar ao professor de Direito Penal para perguntar ao professor o que é nexo causal”.  Disse que não não daria palanque ao PSOL e finalizaou: “apoiei a reinvidicação de domingo até o momento em que ela foi pacífica e ordeira. O movimento perdeu minha simpatia no momento em que subiu a rampa do Planalto, quebrou, fez baderna e fez vandalismo”.

Dois paraibanos entre os organizadores dos ataques

Os atos violentos e antidemocráticos realizados por bosonaristas extremistas no último domingo terminaram com os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF destruídos. Obras de arte foram quebradas e roubadas. Um prejuízo de milhões de reais para o Estado brasileiro. Tanto que a AGU (Advocacia Geral da União) pediu e a Justiça bloqueou R$ 6,5 milhões de 52 acusados de financiar os ataques para o custeio dos reparos. Além dos financiadores, os organizadores dos ataques estão sendo investigados e dois paraibanos fariam parte desse núcleo segundo a imprensa nacional: Wallber Virgulino e Pâmela Bório.

Na Paraíba, o Gaeco, Grupo de Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual, investiga a utilização de recursos públicos nos atos antidemocráticos. Verba parlamentar e dinheiro do Fundo Partidário teriam sido usados para bancar os extremistas.

Prisões de paraibanos

Cerca de 1.500 pessoas foram detidas, mas de acordo com a última lista deivulgada pela Secretaria de Administração Penintenciária do Distrito Federal, apenas Dos 412 acusados de participação nos ataques foram encaminhados para presídios, incluindo 146 paraibanos. Entre eles, militares da reserva, assessores parlamentares, advogados, estudantes.

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Dos paraibanos detidos, 19 foram identificados: o assessor do deputado estadual Cabo Gilberto, Anderson Novais; a advogada Edith Cristina, mais conhecida como Drª Cris; dois militares da reserva: a tenente Onilda Patrícia e o sargento Rogério Caroca. Ainda: José Paulo Fagundes Brandão, subtenente reformado do Exército.

Veja a lista dos identificados:

  1. Luciano Melo de Sousa
  2. Claudiane Pereira da Conceição
  3. Anderson Novais de Paula
  4. Verônica Avelino da Costa Marques
  5. Daywdy da Silva Firmino
  6. José Carlos da Silva Soares
  7. Lucimar Franklin Soares de Siqueira
  8. Rogério Caroca Barbosa
  9. Giuseppe Albuquerque Santos
  10. Edith Christina Medeiros Freire
  11. Rilva Cristina Gonçalves Fernandes Aragão
  12. James Miranda Lemos
  13. José Paulo Fagundes Brandão
  14. Maurício do Nascimento Batista
  15. Marinaldo Adriano Lima da Silva
  16. Joseilton Alves de Lima
  17. Onilda Patrícia de Medeiros Silva
  18. Mércia Cruz Mesquita
  19. Fabíola do Nascimento