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Deputados estaduais aprovam projeto que reconhece portadores de fibromialgia como pessoas com deficiência

A Assembleia Legislativa da Paraíba reconheceu os portadores de fibromialgia como pessoas com deficiência. O Projeto de Lei 3.857/2022, do deputado Wilson Filho, foi aprovado durante a 1ª Sessão Ordinária realizada nesta terça-feira (7). Para valer, o Projeto precisa ser sacionado pelo governador João Azevêdo (PSB), o que ainda não tem data para ocorrer.

A fibromialgia é uma doença crônica multifatorial relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central, que causa dores intensas em todo o corpo e grandes transtornos aos portadores. A matéria visa assegurar às pessoas que possuem fibromialgia os mesmos direitos e garantias das pessoas com deficiência.

Segundo a proposta, a inclusão se deve porque ainda não há cura para a fibromialgia, sendo o tratamento parte fundamental para que não se dê a progressão da doença que, embora não seja fatal, implica severas restrições à existência digna dos pacientes, sendo pacífico que eles possuem uma queda significativa na qualidade de vida, impactando negativamente nos aspectos social, profissional e afetivo.

“Nosso primeiro projeto já aprovado nesse novo mandato visa ampliar a defesa dos direitos das pessoas com deficiência e existem algumas dessas deficiências que ainda não são reconhecidas nesse âmbito e quando há o reconhecimento há também a prestação de serviço por parte do Estado, dos Municípios para conceder a estas pessoas toda a assistência social. Temos esse foco de fazer essa inclusão e de tentar prestar a assistência necessária a esse setor da sociedade”, declarou o deputado Wilson Filho.

Fevereiro é o mês de conscientização da fibromialgia

Ao contrário do que muitos pensam, essa condição também acomete crianças e, principalmente, adolescentes. A fibromialgia é caracterizada por dor muscular generalizada (atinge vários locais do corpo), crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. O diagnóstico baseia-se na anamnese, exame físico e exclusão de outros diagnósticos. Não é uma doença “psicológica”, mas fatores como stress e depressão podem desencadear ou piorar as crises de dor. O tratamento deve ser individualizado e aborda a educação em saúde do paciente e da família, psicoterapia e atividade física regular, além de medicações para controle da dor.