Assassinos da democracia
Os cinco aprendizes de sicários (quatro oficiais militares do Exército e um integrante da Polícia Federal) tiveram o comportamento idêntico de bandidos que integram as facções criminosas que assolam o país. Com um agravante: todos são pagos com nossos impostos.
Durante dias e utilizando a estrutura estatal, os facínoras planejaram meticulosamente o triplo assassinato de autoridades brasileiras: o presidente Lula (PT), o vice-presidente Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Eles não agiram sozinhos. De acordo com o relatório da Polícia Federal, os quadrilheiros desencadearam a “Operação Punhal Verde-amarelo” com o participação efetiva do general Braga Neto (PL), e apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos derrotados nas urnas em 2022.
A eliminação física dos três alvos, considerados responsáveis diretos pela derrota eleitoral do bolsonarismo, desencadearia o golpe para manter Bolsonaro encastelado no poder. Seria o ápice do movimento que começou com as denúncias infundadas contra o sistema eleitoral e continuou com os bloqueios das estradas federais após a vitória de Lula, os apelos em frente aos quartéis por todo o país e o acampamento bolsonarista em Brasília.
Os crimes hediondos só não ocorreram por um único detalhe: Bolsonaro não encontrou respaldo suficiente para o golpe entre a alta cúpula das Forças Armadas. Caso contrário, além das mortes de Lula, Alckmin e Moraes, eles também teriam assassinado a democracia brasileira.