Não espere mais! Invista no seu próprio negócio

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que cerca de 700 mil pessoas passaram a fazer parte da estatística do desemprego nas duas primeiras semanas de junho no Brasil, o que elevou o índice de desocupação de 11,8% para 12,4%. Apesar dos índices negativos, o brasileiro está inovando e levando ao pé da letra a ideia de que crise gera oportunidade. Entre 7 de março e 4 de julho deste ano, o Portal do Empreendedor registrou 551.153 novos microempreendedores individuais (MEI) no país, 16.788 a mais do que no mesmo período de 2019.

Em 2020 estamos vivenciando algo que, aos nossos olhos, seria inimaginável e que mexeu em todas as esferas de nossa vida: do bolso à mente. Isso acaba produzindo reações que passam até pelo aumento da nossa esperança em dias melhores. A Pandemia da COVID-19 nos apresentou uma possibilidade maior de sobrevivência: a de empreender. A palavra está na moda, mas preciso lembrar: trabalhar não é moda, é necessidade!

Empreender. Esta palavra que pode ser interpretada e entendida como gerar uma nova oportunidade, inovar, mudar, projetar melhorias no mercado ou negócios. Além de tudo é superar desafios, por em prática suas ideias e gerar ações.

Para empreender você necessita se conhecer, e conhecer suas habilidades, pois não é um sonho que constrói uma história, mas a concretude desse sonho. É ter uma ideia e gerar uma ação. Na vida, precisamos de iniciativa e muito estudo para conseguir alcançar nossos objetivos e começar a monetizar, ou seja, a gerar dinheiro.

Há uma metáfora que diz muito sobre tudo isso e eu gostaria de trazê-la. O autor é desconhecido.

 “Conta-se que, numa aldeia distante, ao sul de Varsóvia, um de seus habitantes mais pobres recebeu um bilhete de trem para visitar um primo muito rico. Ele chegou à ferroviária segurando o seu bilhete. Como nunca tinha viajado de trem, José não sabia como agir. Ele percebeu que havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se sentar com elas. No fundo da estação, ele viu um grupo de malandros maltrapilhos. Ele se juntou a eles imaginando que aquele era o seu lugar.

Os passageiros da primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando. De repente, ouviu-se um apito e o trem começou a se movimentar. Os malandros pularam para dentro do vagão de bagagens, e José entrou com eles, ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua passagem com medo. Ele aguentou firme, imaginando que aquele era o seu lugar. Até que a porta do vagão abriu e entrou o maquinista acompanhado de dois policiais. Eles reviraram as bagagens até que encontraram José e seus amigos no fundo do vagão. O maquinista então perguntou: ‘Posso ver os bilhetes?’ José prontamente se levantou e apresentou o seu bilhete. O maquinista analisou a passagem e começou a gritar: “Meu rapaz, você tem uma passagem de primeira classe. O que você está fazendo aqui no vagão de carga?” E o maquinista concluiu: “Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe”.

Desse episódio podemos concluir o quanto é importante se conhecer e, portanto buscar caminhos para o nosso autoconhecimento, para que assim possamos estar ocupando na vida, lugares que dizem respeito a nós mesmos”.

O que essa metáfora nos ensina? Muitas vezes nos comportamos como o José em vários âmbitos da vida. Podemos ter algum dinheiro para investir em conhecimento, em algum produto, ou em algum lugar para dar os primeiros passos para sermos protagonistas da nossa própria história, mas, simplesmente por medo ou por “achar” que o lugar de empreendedor não é nosso, não abrimos a porta do sucesso mesmo estando com a chave na mão. Não nos damos a oportunidade de começar uma nova história que vai MUITO ALÉM DE UM CNPJ (cadastro nacional de pessoa jurídica). Falo de lutar por uma vida melhor, por você e por sua família; de trabalhar arduamente, de acordar do sonho e investir em seu propósito.

Em tempos de pandemia, em que devemos seguir com o isolamento social e protocolos de segurança de saúde, quem pretende ser dono de negócio e fazer o empreendimento dar certo, deve dar atenção e importância à comunicação e, principalmente, ao relacionamento com equipe e com clientes. É necessário estabelecer uma relação de confiança, fidelidade e verdade com seu público para que o empreendimento, seja ele físico ou digital, seja sólido e se mantenha sólido ao longo do tempo mesmo em condições adversas.

Está pensando em empreender? Comece colocando no papel o que você pode promover, seja produto ou serviço. Estude, se capacite, veja os melhores fornecedores e corra atrás do seu objetivo. Lembre-se: quem vive de sonho é padaria, você deve concretizar aquilo que está em sua mente e coração.

 

Samya Negreiros