Opinião

A aparente união de João Azevêdo e Romero Rodrigues e o pragmatismo da política paraibana

Em meados de dezembro de 2023, um evento social se tornou o palco para uma cena política intrigante na Paraíba. O governador João Azevêdo e o deputado federal Romero Rodrigues foram flagrados lado a lado durante o casamento da filha do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino. O encontro, que reuniu também deputados estaduais e diversas lideranças políticas do estado, ganhou destaque pelas especulações nos bastidores sobre uma possível aliança política entre Azevêdo e Rodrigues.

O momento mais emblemático da noite foi registrado quando João Azevêdo e Romero Rodrigues apareceram abraçados durante um cumprimento, alimentando as conjecturas sobre o alinhamento de forças para as eleições de 2024. Nos corredores políticos, rumores indicam que aliados do governador, incluindo o anfitrião Adriano Galdino, estariam articulando para que Romero Rodrigues seja o candidato da oposição em Campina Grande.

A possível aliança entre Azevêdo e Rodrigues ganha força em um cenário político paraibano já marcado por movimentações estratégicas e rearranjos partidários. A análise desses eventos sugere que o casamento da filha de Adriano Galdino se tornou não apenas um momento de celebração, mas também um palco para alianças políticas que podem influenciar significativamente o futuro político da Paraíba.

A expressão “futura composição” ganha destaque nesse contexto. Embora possa ser interpretada de diferentes maneiras, parece indicar a possibilidade de uma aliança ou acordo entre as partes envolvidas. A declaração do governador João Azevêdo, mencionando que não há obstáculos para uma colaboração futura com Romero Rodrigues, sugere uma abertura para uma parceria política que transcende as barreiras partidárias.

Contudo, é imperativo examinar essa possível aliança com um olhar crítico e cauteloso. O casamento da filha de Adriano Galdino pode ter transcendido o mero caráter de celebração, servindo como um prenúncio de mudanças e alianças que esculpirão o cenário político paraibano nos próximos anos. O contexto pede vigilância. Composições não devem ser pautadas por acordos meramente estratégicos em busca de poder político, mas guiadas por princípios sólidos e projetos que atendam aos interesses da coletividade. Disso depende o valor da política.