Operação Poço sem Fundo: “nada foi executado pela atual gestão do órgão”, afirma Incra
A Superintendência Regional do INCRA, na Paraíba, órgão citado na Operação Poço Sem Fundo, afirma que contratos investigados na ação foram firmados em 2016 e 2017 e nada foi executado pela atual gestão do órgão. O Incra ainda informou estar à disposição para prestar todas as informações necessárias à Polícia Federal, Ministério Publico Federal e Controladoria Geral da União, órgãos responsáveis pelas investigações.
A ação deflagrada na manhã de hoje, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, investiga desvio de recursos públicos federais, destinados à perfuração de poços e implantação de sistemas de abastecimento de água. Além do Incra, entre os investigados estão a ex-prefeita de Araruna, no interior paraibano, Vilma Maranhão e o filho dela e ex-deputado federal, Benjamim Maranhão.
Segundo a PF, existe uma vinculação familiar, financeira e empresarial entre as empresas investigadas, com os serviços contratados por outros órgãos, como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e a Prefeitura de Araruna.
As dispensas de licitação e os contratos investigados são de pelo menos 75 milhões de reais.
Caso sejam comprovadas as irregularidades, os investigados podem responder pelos crimes de superfaturamento, atos de corrupção passiva e ativa, e de lavagem de dinheiro.