Crise e sinais de fumaça no MDB indicam possível mudança de rota ainda no primeiro turno das eleições
Mikika Leitão pediu a expulsão de Roberto Paulino, filiado ao MDB desde 1976. O motivo: Paulino declarou apoio à candidatura do governador João Azevêdo (PSB), que tenta a reeleição.
O vereador pessoense soltou o verbo e atacou:
“Se Zé Maranhão fosse vivo, ele iria morrer de novo porque não aceitaria uma traição tão grande como essa. Eu não sei o que se passa na cabeça de Roberto Paulino porque o perfil dele não é esse. O perfil dele era de partidário, era do MDB e de repente trocou o partido por um contracheque do governo”.
Veneziano Vital do Rêgo, senador, presidente estadual da sigla e pré-candidato ao governo, tentou acalmar os ânimos e apagar o incêndio:
“Vou tentar ponderar com Mikika (Leitão) e dizer que não há problema algum. Aqueles que têm posições contrárias, que permaneçam e só saiam do partido quando acharem conveniente”, declarou.
Paulino, secretário chefe de Governo, seguiu a mesma linha e garantiu que “boas surpresas” virão depois de uma reunião marcada para esta sexta-feira (22) e que todos, ao fim e ao cabo, estarão no mesmo lado:
“Ele é bom companheiro, e com certeza a exemplo o deputado Felipe, que é seu filho, estará junto no nosso palanque em 2022. Agora é hora de somar. Vamos somar pelo bem da Paraíba”, vaticinou.
Sem querer especular mas já especulando… A fala de Paulino seria prenúncio de um acordo entre MDB, PT (já aliados) e PSB para as eleições de outubro? Um pacto estaria sendo forjado nos bastidores ainda para o primeiro turno? É possível! Na vida há jeito pra tudo. Só não há remédio para morte.