Wilson Santiago, Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e mais quatro parlamentares estão na mira do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (27), o processo para começar a apurar caso de corrupção passiva e organização criminosa, contra o deputado federal Wilson Santiago (Republicanos). A investigação é oriunda da Operação Pés de Barro.
A representação pede a cassação do mandato de Santiago, denunciado por corrupção. Em fevereiro de 2020, a Câmara derrubou a decisão pelo afastamento de Santiago, determinada pelo ministro Celso de Mello, do STF, por 233 votos a favor, 170 contra e sete abstenções. Na época, o relatório recomendava a instauração de um processo no Conselho de Ética para apurar “quebra de decoro diante dos fatos relatados no mérito da investigação”, mas isso não havia ocorrido até hoje.
— O entendimento da assessoria jurídica da Câmara é que o STF tem competência para julgar, o presidente (Bolsonaro) tem competência de fazer a graça ou indulto e o Congresso é que tem que decidir sobre mandato parlamentar — disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), em conversa com jornalistas ontem.
Na mesma sessão do Conselho de Ética, nesta quarta, o colegiado abriu outros processos que estavam parados envolvendo outros seis parlamentares, entre eles Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente da República, que possui dois processos, um por supostamente falar contra o uso de máscaras durante a pandemia e outro por uma postagem em que chamou mulheres de “portadoras de vaginas”. Também serão alvo de processos Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Soraya Manato (PTB-ES) e Delegado Éder Mauro (PL-PA).