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Léa Toscano deixa o PSDB e é assediada por novas legendas

 

O PSDB perdeu uma de suas integrantes mais importantes e tradicionais da política paraibana. A ex-prefeita e ex-deputada estadual, Léa Toscano, divulgou por meio de nota  a decisão de sair da legenda a qual era filiada desde 2010. Na nota ela afirma: “Saio do PSDB com respeito e apreço por tudo o que aprendi e conquistei durante minha trajetória no partido”. Após o comunicado, a ex-prefeita foi assediada por diversos partidos, até mesmo da base governista, como informou a filha, Camila Toscano, que ainda permanece no PSDB.

Na nota, Léa Toscano afirma que este foi o fim de um ciclo e que vive um novo momento da sua trajetória. Na íntegra a nota traz.

“Acredito que a vida é feita de ciclos, e há momentos em que é necessário encerrá-los para iniciar novos capítulos.Com o coração tomado de gratidão, a certeza do dever cumprido por ter atuado para o fortalecimento do partido em nosso Estado, comunico que deixo o PSDB.

Saio do PSDB com respeito e apreço por tudo o que aprendi e conquistei durante minha trajetória no partido.

Vivo um novo momento. Nesta minha jornada, tantas vezes me reinventei e agora faço isso mais uma vez para iniciar uma nova caminhada. 

Recebi convites de algumas legendas e estou analisando de forma cuidadosa. Fiquei honrada e grata pelo reconhecimento do potencial e legado político de uma mulher. 

Logo logo trarei novidades. Até breve!”, finalizou. 

Depois da publicação, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB), filha de Léa, comentou a saída da mãe dos quadros do partido. Camila destacou a relação de sua mãe com lideranças políticas históricas e atuais do partido, como o ex-governador Ronaldo Cunha Lima e o ex-senador Cássio Cunha Lima.

Camila comentou com a imprensa que  a saída de Pedro Cunha Lima, neto de Ronaldo e filho de Cássio, pesou na decisão de Léa em deixar o partido, ressaltando não ter nada contra o atual presidente Fábio Ramalho.

“Como ela disse na nota dela, é um motivo pessoal dela. Ela entende que esse ciclo dela se encerrou, com todo o respeito que nós temos à história do PSDB, eu tô no PSDB e vou continuar no PSDB. Vocês sabem que a ligação de Dona Léa vem da época de Ronaldo. Mainha e painho, me permitam dizer assim nessa informalidade, eles sempre foram muito corretos no que fizeram, muito decentes sempre. E isso é uma marca que a gente carrega de Dr. Zenóbio. Ela carrega e eu carrego. E ela foi muito correta para sair do PSDB. Ela falou com o senador Cássio, ela falou com Pedro, muito embora não seja mais o presidente do PSDB. São ciclos que se encerram para que novos ciclos venham, para que se iniciem novas jornadas, novos pensamentos e ela entende ser o melhor a se fazer agora. Como Pedro não está mais comandando o partido e, nada contra o presidente novo do partido, mas ela entende que essa porta foi fechada”, explicou.

Camila confirmou que vários partidos já procuraram Dona Léa, que atualmente  lidera as pesquisas eleitorais para a disputa pela prefeitura em Guarabira. Ao que tudo indica ela será a candidata e saindo do PSDB pode ganhar ao ampliar o leque de partidos no projeto.

“Vários partidos verdadeiramente procuraram Dona Léa. MDB, União, Podemos. Vários partidos até partidos que nós nem esperávamos vieram nos convidar”, listou. 

Para não incorrer na infidelidade partidária,  Camila Toscano decidiu permanecer na legenda e seguiu reforçoando seu compromisso com o PSDB.

“Eu estou no PSDB, e vou continuar no PSDB. Mainha e Painho sempre foram muito corretos no que fizeram, muito decentes, sempre. E eu acho que essa é uma marca que a gente carrega. Mesmo sem o Dr. Zenobio estar aqui, a gente continua carregando essa marca. Ela carrega e eu carrego. E ela foi muito correta pra sair do PSDB, ela falou com o Senador Cássio, ela falou com o Pedro, mesmo embora não seja mais o presidente do partido, já há algum tempo, mas esse é pensamento dela. Mas são ciclos que se encerram, né? São ciclos que se encerram para que novos ciclos venham. Foi uma escolha pessoal dela”, afirmou Camila.

Mesmo apontando que vários partidos já procuraram Léa para conversar sobre uma possível filiação, Camila disse que ainda não há definições.

Léa Toscano iniciou sua carreira política como primeira-dama, quando o esposo era prefeito de Guarabira. Já naquela época coordenava diversas ações no campo social. Em 1992, pelo PMDB, disputou pela primeira vez a Prefeitura de Guarabira, No pleito municipal de 1996, concorreu novamente a disputa municipal e tornou-se a primeira mulher prefeita da cidade de Guarabira em mais de cem anos de história, com uma votação de 13.979 votos, o equivalente a 60,83% dos votos válidos.

Em 2002 deixou o PMDB e filiou-se ao PSDB, passando a ser uma das militantes mais fieis e aguerridas da legenda.