Em quem votar?
Em consequência da profusão de partidos políticos existentes no Brasil (são 29 legendas oficiais e mais algumas aguardando autorização do TSE para funcionar), o eleitor brasileiro está um tanto quanto atordoado. São muitos partidos para pouca democracia.
A consequência imediata dessa miríade de agremiações é que qualquer composição de governo passa por uma articulação política que envolva muitas legendas nanicas. A maioria delas existe apenas para barganhar apoio em troca de cargos em futuros governos.
Além disso, o voto do eleitor está, a cada eleição, mais personalista. Escolhemos pessoas e não partidos. Não conhecemos os programas. Quando muito, somos seduzidos por algumas ideias lançadas na propaganda eleitoral. Isso é ruim para a democracia.
Na era digital em que estamos enredados, os cortes para as redes sociais valem mais do que propostas coerentes e factíveis. Dancinhas no Tic Toc têm mais apelo do que ideias criativas para sanar os profundos problemas sociais. A lacração é o objetivo da maioria dos candidatos.
Fiquemos alertas. As estratégias eleitorais mudaram radicalmente, mas o objetivo continua o mesmo. A maioria dos candidatos almeja apenas chegar ao poder e manter a situação como está. Outros (uma ínfima minoria) querem reais mudanças. Só cabe a nós a escolha certa.