La famiglia
La famiglia Bolsonaro parece ter saído da imaginação de Mario Puzo, escritor italiano e autor do famoso livro O Poderoso Chefão. Mas infelizmente, para o Brasil e para o mundo, seus componentes são de carne e osso e ainda são idolatrados por milhões de brasileiros.
Seus crimes são muitos. Mas não há crime perfeito. O que existe é investigação mal feita. Essa frase se aplica muito bem ao modus operandi da famiglia Bolsonaro. Para azar deles, as coisas estão mudando, como as últimas notícias têm revelado.
Como se não bastasse as diversas investidas para se apropriar das joias pertencentes ao Estado brasileiro no valor de 16 milhões feitas por Bolsonaro e seus asseclas, veio à tona a tentativa de fraude dos comprovantes de vacinação contra a Covid-19.
A operação desencadeada pela PF, denominada Venire, atingiu diretamente o núcleo duro que orbita em torno da famiglia Bolsonaro. O tenente-coronel Mauro Cid forjou atestados de vacinação para Bolsonaro, sua filha Laura e seus próprios parentes.
Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Mauro Cid, considerado o sombra de Bolsonaro, ouviu o major Ailton afirmar que sabia quem matou Marielle Franco e não tomou nenhuma providência. Além disso, Cid conspirou com outros comparsas para dar um golpe de Estado e implantar uma ditadura no país.
Tem mais. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), considerado o “cérebro” por trás da campanha de fake news que levou seu pai à presidência, é acusado pelo MP do Rio de Janeiro de ter desviado, através do seu chefe de gabinete Jorge Fernandes, a assombrosa quantia de 2 milhões de reais mediante o esquema de “rachadinha”, quando parte do salário dos funcionários é desviado.
Por último, Jair Bolsonaro e sua esposa Michele cometeram um crime contra uma criança indefesa. Sua filha Laura, agora com 12 anos, não foi vacinada contra a Covid-19. De acordo com o ECA (artigo 14ª do Estatuto da Criança e do Adolescente) é obrigação dos pais de providenciar a vacinação dos seus filhos, sob as penalidades da lei.
O cerco contra la famiglia Bolsonaro está se fechando. Vamos ver se Anderson Torres, Mauro Cid, Ailton e demais envolvidos nesse rol de crimes cumprirão a omertà, a lei do silêncio dos mafiosos.