Missão Impossível
O tenente-coronel Mauro Cid já cumpriu várias missões criminosas: Falsificação de sua própria carteira de vacinação e da sua família. Também falsificou a carteira de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) e da sua filha Laura. Atuou na venda de joias afanadas do Palácio do Planalto. Por fim, não pode ser esquecido que Cid agiu diligentemente na articulação e planejamento do golpe de Estado que, para alívio da democracia, os comandantes militares não respaldaram.
Tudo indica que foi dada ao sempre submisso Mauro Cid mais uma missão espinhosa: livrar a cara de Bolsonaro do seu indiciamento pela falsificação das carteiras de vacinação. Em áudios vazados, Cid disse que foi pressionado pela Polícia Federal para acusar Jair Bolsonaro. Também afirmou que o processo jurídico em que ele está enredado é um jogo de cartas marcadas do ministro Alexandre de Morais.
Em novo depoimento ao STF, Mauro Cid voltou atrás. Desdisse tudo que havia afirmado nos áudios. Falou que não foi pressionado pela PF e que respaldava tudo que havia dito na delação premiada. Seu ir e vir nas falas parece mais uma manobra diversionista para atrapalhar o curso das investigações.
O tenente-coronel Mauro Cid teve uma carreira brilhante, desde que ingressou na AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), escola de formação dos oficiais do Exército brasileiro. Ao longo desses anos, foi subindo de posto e sempre recebendo um polpudo soldo. Atualmente ele ganha 27 mil reais, pagos com os nossos impostos. Agora, criminoso confesso, está preso no Batalhão da Polícia do Exército.
A missão de isentar Bolsonaro de diversos crimes não parece nada fácil. Tanto a Polícia Federal quanto a justiça já têm provas suficientes para indiciar o ex-presidente e o condená-lo a muitos anos de cadeia.
A vida não imita os filmes de ação. O tenente-coronel Mauro Cid caiu em desgraça entre seus pares. Enlameou a farda verde-oliva que tanto ostentava. Será expulso do Exército, desonrado por suas ações criminosas e ainda amargará uns anos no cárcere. É o preço justo a pagar pelos seus crimes.
Foi capacho e executor de vários procedimentos ilícitos. Deve pagar na cadeia