Um STRIKE nas Leis Eleitorais em pleno 7 de setembro
O dia da comemoração da independência do Brasil foi maculado por uma sequência de crimes eleitorais praticados. Os brasileiros assistiram, talvez até sem perceber, um ato cívico sendo transformado em palanque eleitoral.
Quebra de protocolos, comparação entre primeiras-damas, objetificação da mulher (não há um ato que o ilustre Presidente pratique sem que tenha que machucar a luta feminina, menosprezar, humilhar).
Sua esposa, ali ao seu lado, como boa moça recatada, se limitava a falar “amém”, como se em um culto religioso estivesse. O presidente, ao “exaltá-la” (sim, ele acha que dizer que a mulher dele é melhor do que a do seu adversário político é exaltá-la!) chega a dar um beijo caloroso em plana multidão gritando, acreditem: “imbrochável, imbrochável!”.
No cenário, autoridades se esquivaram de participar do ato. Não havia representação dos Poderes. Havia uma autoridade internacional, o Presidente de Portugal e, uma arara, ops, desculpem, o empresário Luciano Hang entre os dois chefes de poder.
Campanha política em pleno ato cívico! Nenhum outro candidato teve essa oportunidade, o que incorre em disparidade de armas.
O discurso é totalmente voltado para angariar votos e publicizar feitos de seu governo. Não falou para os brasileiros. Falou para seus apoiadores. Em que o Presidente se apoia para haver tanta segurança no descumprimento das leis?
A resposta não é muito difícil de encontrar. Ele nomeou um Procurador Geral da República que sequer constava da lista tríplice! E ele vai atropelando não apenas protocolos cívicos, mas leis, pessoas, dores, mulheres. E que problema sério desse cidadão com mulheres!
A certeza da impunidade dos crimes praticados gera uma grande revolta e isso é fruto também, mais uma vez, da falta de obediência do senhor Presidente às legislações vigentes. Fez uma escolha pessoal para um cargo de máxima relevância. E se alguém ousa reclamar, ele “dá de ombros”, como se estivesse brigando com o coleguinha no colegial.
Ao passo que tenta esbanjar virilidade em pleno discurso de Sete de Setembro, ele também mostra uma birra juvenil. Não governa o povo brasileiro. Governa seus apoiadores. E nós que ousamos discordar de algum ato praticado, ele limita-se a dizer que o problema é nosso!
Totalmente travado para diálogos, conversas maduras ou posições contraditórias ele segue na arbitrariedade e na simpatia por aqueles que o chamam de MITO, IMBROCHANTE, CAPITÃO. A mediocridade é sua marca!
Bem, estamos diante de alguém ilegítimo para tal posição. Estamos vivendo uma mancha difícil de ser removida da nossa história. A esperança é que possamos recuperar nossa dignidade nas instâncias internacionais, como cidadão e como indivíduos merecedores de respeito, independente de qual lado estejamos.
Esperança da restauração da independência dos Poderes e com isso, restauração da segurança jurídica.
Sabe, democracia não é fazer ou falar o que vem na mente. O respeito por uma nação precede a sua liberdade de expressão. E não, não podemos falar ou fazer tudo que queremos em nome dessa “liberdade de expressão”. Dia triste para o Brasil.