Calvário: Gaeco prende acusados de integrar esquema que desviou R$ 2,3 mi da Educação
Em novas duas fases (11ª e 12ª) da Operação Calvário nesta quinta-feira (04), o Ministério Público da Paraíba cumpriu três mandados de prisão na Paraíba. Foram detidos o empresário Pietro Harley, Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, e Edvaldo Rosas, ex-presidente estadual do PSB e ex-secretário de Estado da Paraíba. Eles são acusados de desviar dinheiro público por meio de contratos fraudulentos de compra de livros e outros materiais didáticos.
Estão sendo cumpridos também 28 mandados de busca e apreensão em quatro cidades da Paraíba (João Pessoa, Cabedelo, Campina Grande e Taperoá), e em Brasília (DF), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP). A operação efetuada pelo do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), Controladoria-Geral da União (CGU), de Ministérios Públicos, do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), da Receita Estadual e das Polícias Civil e Militar.
A Operação – Denominadas de ‘A Origem’, estas fases da investigação apontam para contratações ilícitas com pagamento de propinas a empresários e agentes públicos na área de Educação. Os contratos, fechados em 2014, na gestão de Ricardo Coutinho (PSB), e em 2013, na gestão de Luciano Cartaxo (PV), prefeito da capital, foram de R$ 4.499.995,50 e de R$ 1.501.148,60 cada um. As propinas variavam entre 5% e 45% de todo o material adquirido pela Secretaria Estadual de Educação. O prejuízo estimado ao erário chega a R$ 2,3 milhões de reais.
A denúncia – Além dos três presos nesta quinta-feira, outras 16 pessoas, já investigados em outras fases da Operação Calvário, foram denunciadas. Entre elas o ex-governador Ricardo Coutinho, os ex-secretários de Estado Gilberto Carneiro, Waldson Sousa, Livânia Farias e Ivan Burity, a ex-prefeita do Conde, Márcia Lucena. Também foram denunciados Leandro Nunes, Maria Laura Caldas. Todos são acusados de operar o que o Ministério Público chama de organização criminosa em diferentes núcleos: financeiro, político, administrativo e financeiro.
Os crimes – Os investigados podem responder por uma série de crimes como dispensa e/ou inexigibilidade ilícita de licitação, fraude licitatória, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, corrupção ativa, passiva e peculato.