“A primeira infância é janela de oportunidade preciosa demais para ser desperdiçada. É um tempo que não volta mais.”
No dia das crianças, o ‘Política Por Elas’ traz a charge de Bennet e as palavras de James Heckman, prêmio Nobel em economia e grande estudioso do tema, para ressaltar um dado muito triste. No Brasil, cerca de 40% das crianças de 0 a 5 anos ainda vivem, acima da média de 25% que incide na população, um percentual que variou muito pouco na última década. Para elas, políticas de transferência de renda, ainda que condicionais a serviços de educação e saúde, vêm se mostrando insuficientes. Alternativamente, diversas experiências em programas de visitação –que ensinam e delegam aos cuidadores diversas opções de jogos e estratégias de comunicação que podem ser introduzidas no cotidiano da família– apresentam resultados mais promissores. Melhor, estas intervenções envolvem poucos recursos monetários e quase nenhum investimento de tempo adicional por parte dos cuidadores, que apenas mudam a forma como se relacionam com a criança.
James Heckman diz que o amor que depositamos nas crianças também faz parte da equação econômica. Mas ainda precisamos melhorar muito esse quociente.