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Lula anuncia mais 16 ministros do governo, seis são mulheres

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva Já havia anunciado  ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad(Fazenda); o governador da Bahia, Rui Costa (Casa Civil); o ex-governador e senador eleito Flavio Dino(Justiça); o ex-ministro José Múcio Monteiro (Defesa); e o diplomata Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Em pronunciamento nesta quinta-feira (22/12), Lula anunciou outros 16 nomes. Os anunciados foram:Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Marcio Macedo(Secretaria-Geral da Presidência),  Jorge Messias (Advocacia-Geral da União),Nisia Trindade (Saúde),  Camilo Santana (Educação), Esther Deweck(Gestão),Márcio França (Portos e Aeroportos), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Cida Gonçalves (Mulher), Wellignton Dias( Desenvolvimento Social), Margareth Meneses (Cultura), Luiz Marinho (Trabalho), Aniele Franco(Igualdade Racial), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) e Vinicios de Carvalho (Controladoria-Geral da União).

Os ministros anunciados por Lula tomam posse também no dia 1º de janeiro, em cerimônia no Palácio do Planalto. O evento ocorre depois que o próprio Lula for empossado no Congresso Nacional.

Veja os ministros do governo Lula já confirmados:

Nísia Trindade (Saúde) – Primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e condecorada pela atuação durante a pandemia de Covid-19. É a primeira mulher a presidir o Ministério da Saúde no Brasil.

Camilo Santana (Educação) – Ex-governador do Ceará e senador eleito, ele desbanca a até então mais cotada Izolda Cela, vice na chapa dele e atual governadora. Santana, que já havia cumprido dois mandatos, atuou como articulador da candidatura de Elmano de Freitas (PT), eleito para o governo cearense nestas eleições. Também apoiou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva(PT) no estado, mesmo tendo longa aliança com a família de Ciro Gomes (PDT).

Alexandre Padilha (Relações Institucionais) – Atualmente deputado federal, ele foi ministro da SRI entre 2009 e 2010, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrava seu segundo mandato. Ele já trabalhava no ministério há mais tempo: começou como chefe de gabinete até galgar a chefia pasta, como o mais jovem ministro do governo, aos 38 anos. Também foi ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff.

Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) – Vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do partido. Ela será a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ocupar a posição de forma permanente. A engenheira foi eleita deputada federal por dois mandatos, e ocupou o cargo entre 2011 e 2019. Integrou comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de Desenvolvimento Urbano e de Cultura.

Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) – Deputado federal em fim de mandato, tem 52 anos e vai comandar um ministério importante pela proximidade com o chefe do Executivo federal. O indicado despacha dentro do Palácio do Planalto e influencia, por exemplo, na agenda do presidente. Na função, é preciso ter boa interlocução com a sociedade civil e os partidos da base, com o objetivo de dialogar e diminuir eventuais pendências.

Esther Dweck (Gestão) – Foi secretária do Orçamento Federal no governo de Dilma Rousseff (PT). Integrou a coordenação do grupo técnico de Planejamento, Orçamento e Gestão na transição de governo. Ela é professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pesquisas focadas em economia do setor público, regime fiscal e participação do Estado e crescimento e desenvolvimento econômico.

Cida Gonçalves (Mulher) – Foi secretária de enfrentamento à violência contra a mulher durante o governo de Dilma Rousseff (PT), mesma função que desempenhou no governo Lula.

Wellington Dias (Desenvolvimento Social) – Dias foi governador do Piauí duas vezes, totalizando quatro mandatos – primeiro entre 2003 e 2010, depois novamente entre 2014 e 2022. Na última eleição, foi eleito senador, cargo que já havia ocupado no intervalo entre seus governos estaduais.

Anielle Franco (Igualdade Racial) –Jornalista e ativista feminista e antirracista, ela cofundou o Instituto Marielle Franco após o homicídio da irmã, então vereadora no Rio de Janeiro, em 2018. Hoje, ela é diretora do Instituto.

Jorge Messias (AGU) – Atualmente procurador da Fazenda Nacional, órgão do qual é funcionário de carreira, foi o nome mais sugerido para ocupar a posição por procuradores da Fazenda e advogados da União, por meio do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal.

Vinicius de Carvalho (CGU) – Durante o governo de Dilma Rousseff, Carvalho esteve à frente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Entrou no órgão em 2008 como conselheiro. Por cerca de um ano, antes de liderar o órgão antitruste, ocupou a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça.

Silvio Almeida (Direitos Humanos) –Professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.  É especialista em direitos humanos e relações raciais. Atualmente, desenvolve estudos em áreas como racismo estrutural, compliance e práticas antidiscriminatórias. Nesse tema, ele publicou o livro “Racismo Estrutural”, em 2019.

Márcio França (Portos e Aeroportos) –França foi governador de São Paulo quando Geraldo Alckmin (PSB) deixou o posto para concorrer à Presidência nas eleições de 2018. Ao tentar se eleger para continuar no Palácio dos Bandeirantes, foi derrotado no segundo turno por João Doria (PSDB). Tentou se eleger senador este ano, mas perdeu a disputa para Marcos Pontes (PL).

Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) –A vaga foi, originalmente, oferecida a Josué Alencar, filho de José Alencar, vice de Lula durante os dois mandatos. Diante da recusa, o ex-governador de São Paulo foi o escolhido. Alckmin disputou duas vezes a Presidência da República pelo PSDB, mudou para o PSB recentemente e compôs a chapa presidencial com Lula.

Fernando Haddad (Fazenda) – Ex-prefeito de São Paulo, tem fama de pragmático e é admirador de Galbraith. É visto como alguém que coloca a lealdade ao chefe acima dos seus projetos pessoais.

Rui Costa (Casa Civil) – Filiado ao PT e economista formado pela Universidade Federal da Bahia, é governador da Bahia, eleito em 2014 e reeleito em 2018.  Começou a trajetória política no movimento sindical ainda na década de 1980. Foi vereador de 2000 a 2007. Também foi eleito deputado federal em 2010, mas licenciou-se para assumir o cargo de Secretário da Casa Civil da Bahia, a partir de 5 de janeiro de 2012. É próximo de Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, e foi como secretário do amigo que ganhou maior notoriedade.

Flávio Dino (Justiça) – Ex-governador do Maranhão e senador eleito no pleito deste ano, era um dos coordenadores do grupo técnico que discute Justiça e Segurança Pública. Defendeu a revogação de decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram o acesso a armas e também uma atuação mais restrita da Polícia Rodoviária Federal. Na entrevista em que anunciou Dino, Lula disse que o indicado tem a missão de consertar o funcionamento da Pasta da Justiça, numa referência ao que ocorreu durante a gestão no governo Bolsonaro.

José Múcio Monteiro (Defesa) – Tem uma extensa carreira na vida pública. Foi deputado federal por quase duas décadas, integrou a equipe do segundo governo de Lula e presidiu o Tribunal de Contas da União (TCU). Era um dos principais cotados para a Defesa em razão de seu perfil articulador e do bom trânsito nas Forças Armadas.

Mauro Vieira (Relações Exteriores) – Um dos mais experientes diplomatas em atuação, com mais de 40 anos de carreira na área, foi chanceler no governo de Dilma Rousseff, de 2015 a 2016. Depois, foi representante do Brasil do Brasil junto às Nações Unidas. Antes foi embaixador nos Estados Unidos (2010 – 2015) e na Argentina (2004 – 2010). É um dos diplomatas mais próximos do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, conselheiro de Lula para assuntos internacionais.

Margareth Menezes (Cultura) – Já fazia parte da equipe de transição da cultura do governo Lula. A cantora nasceu em Boa Viagem, região de Salvador, em 13 de outubro de 1962. Filha de uma costureira e de um motorista, é a mais velha de cinco irmãos. Conquistou dois troféus Caymmi, quatro troféus Dodô e Osmar e foi indicada ao Grammy Awards e ao Grammy Latino.

Luiz Marinho (Trabalho) – Ele esteve à frente do Ministério ainda no primeiro governo de Lula, entre 2005 e 2007, quando então migrou para a Previdência. Marinho é ex-prefeito de São Bernardo do Campo e foi presidente do sindicato dos metalúrgicos da região do ABC na década de 1990 e início dos anos 2000.