Ricardo ministro de Lula? Será?!
Há pouco mais de duas semanas o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT), teria se mudado de “mala e cuia” para Brasília/DF. Com o país sob nova direção, os ventos parecem favoráveis ao paraibano, que tem mostrado vigor político apesar das últimas derrotas…. e do silêncio.
Ricardo não foi eleito senador pela Paraíba em outubro. Embora tenha sido considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ficou em terceiro lugar na disputa, com 21,55% dos votos válidos. Em segundo, a socialista Pollyanna Dutra (PSB), que obteve 22,84%. A divisão da esquerda no estado favoreceu o bolsonarista Efraim Filho (União), que teve 30,82% da preferência local.
Ali, muitos chegaram a vaticinar a morte política de Ricardo, que enfrentava (e enfrenta) um calvário político-jurídico, tendo sido preso, inclusive, depois de denúncias de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014. O que esses muitos deixaram de enxergar foi a capacidade de articulação do petista.
No histórico de Ricardo, a condução de negociações decisivas para o PT em território baiano. Ele também foi intransigente na defesa de Lula enquanto o presidente eleito esteve na prisão em Curitiba. Antes disso, apoiou Dilma Rousseff contra o golpe que a tirou do poder. Este ano, costurou a aliança local PT-MDB com o apoio de Lula.
Esse passeio pela memória nos faz retomar a afirmação inicial: a mudança de Ricardo para Brasília. Se onde há fumaça, há também fogo, não seria de estranhar se Lula o aproveitasse no alto escalão da gestão. Há quem aposte que o paraibano assumirá um dos 16 Ministérios ainda vagos. Aposta alta, pouco provável, mas não impossível.
Sendo bem pé no chão, e à luz do entendimento dos defensores da frente ampla, Ricardo é PT e o PT já tem gente demais. Outra: apesar de ser, indiscutivelmente, uma força política, visto que tem base e militância, Ricardo pecou nos cálculos, perdeu capital e densidade política depois das derrotas sofridas este ano e em 2020, quando disputou, sem sucesso, a prefeitura de João Pessoa, e “desidratou”. Mais provável que um Ministério, é que ele seja indicado para missões menores como a Superintendência da Sudene, o BNB, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A conferir.
Ministérios vagos
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional
- Ministério das Comunicações
- Ministério da Pesca e Aquicultura
- Ministério da Previdência Social
- Ministério das Cidades
- Ministério de Minas e Energia
- Gabinete de Segurança Institucional
- Secretaria de Comunicação Social
- Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
- Ministério do Esporte
- Ministério do Turismo
- Ministério do Planejamento e Orçamento
- Ministério do Meio Ambiente
- Ministério dos Povos Indígenas
- Ministério dos Transportes