Thiago Lucena sobre reajuste aprovado pela CMJP: “Quem me fez vereador foi o povo e o povo não aceita esse tipo de aumento”

Seria óbvio que qualquer um que pudesse aumentar o próprio salário o fizesse. Mas não foi assim, com o voto do vereador Thiago Lucena (PRTB), que se opôs ao aumento de 10% nos vencimentos dos vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa.

Em seu voto Thiago Lucena justificou: “Quem me colocou na Câmara não aceita esse tipo de ação. Eu os represento. No dia em que deixar de representar a crença de quem votou em mim, não faz mais sentido estar na política. Por acreditar nessa ideologia, renuncio até hoje minha verba de gabinete, a VIAP”.

Esta é a terceira vez que o vereador, que está em seu segundo mandato, vota contrário ao reajuste. O vereador afirma ter um  “mandato custo zero” aos cofres públicos e defende a redução da máquina pública e corte de benefícios. Apesar de acreditar estar correto, o parlamentar diz ter recebido criticas, mas a maior parte das pessoas apoiou a iniciativa. “As pessoas entendem que o custo do parlamento é alto”, complementou.

Atualmente,  os vereadores recebem R$ 18,9 mil, com exceção do presidente que recebe R$ 24,6 mil. O Projeto de Lei aprovado nesta sexta-feira (30) abre caminho para que se aumentem também os subsídios do prefeito, do vice-prefeito, e, em efeito cascata, os dos secretários municipais e procurador-geral do Município.

Na justificativa ao projeto, a Mesa Diretora da Câmara disse que a revisão geral anual é um direito constitucional e que o índice básico de reposição (de 10%) corresponde à variação do IGPM (Índice Geral de Preços – Mercado) apurado no período acumulado de janeiro a dezembro de 2022.