Extremistas no radar: Ministro da Justiça endurece tom contra “guerra de impatriotas” em Brasília
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) promete pegar pesado com os bolsonaristas que insistirem em atos golpistas e na retomada das ruas no país.
O discurso mudou depois que a inteligência do governo deu conta de que cerca de 100 ônibus com 3.900 pessoas chegaram em Brasília com esse propósito.
Desde a posse de Lula (PT), acampamentos dos extremistas no país e no QG do Exército, em Brasília, vinham sendo esvaziados. Com as Caravanas organizadas por grupos de Whatsapp, o contingente voltou a ser motivo de preocupação.
Por isso, Dino conversou o colega da Defesa, José Múcio, com diretores da PF e da PRF, e com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MSB). A pedido do ministro, a segurança na capital federal foi reforçada.
Pelas redes sociais, o ministro endereceu o tom contra os golpistas que defendem “intervenção militar”, “insubordinação civil” e a “limpeza dos três poderes”, e falou dessa articulação para reprimir os extremistas:
“Sobre uma suposta “guerra” que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio”.
Em defesa da democracia, o recado de Flávio Dino soa fiel a um velho ditado: “quem não pode com o pote, não pega na rodilha”. Um aviso aos radicais que estão em menor número e não contam com apoio dos militares segundo fontes palacianas.
Foto capa: Wilton Junior / ESTADÃO
