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Após vitória do arcabouço fiscal, Câmara articula aprovação da reforma tributária do governo Lula

A recente aprovação do novo marco fiscal pela Câmara dos Deputados tem despertado otimismo em relação à próxima iniciativa econômica significativa prometida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT): a reforma tributária. Segundo especialistas e analistas do mercado financeiro, existe uma perspectiva positiva de que um projeto de reforma tributária consensual possa ser aprovado ainda este ano, aproveitando o capital político geralmente mais forte no início do mandato.

A conclusão bem-sucedida da fase mais desafiadora do marco fiscal na Câmara tem levado os parlamentares a retomarem as discussões sobre a reforma tributária, que estava em espera. Segundo a CNN Brasil, há expectativas de que as primeiras versões do projeto sejam apresentadas para discussão já em junho.

Nesta linha, a reportagem destaca que a Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho para elaborar um parecer atualizado sobre a reforma tributária. O relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), já disse que pretende entregar o documento até 6 de junho de maneira que a votação possa acontecer até o final do mês.

O objetivo é aprovar o projeto na Câmara antes do recesso parlamentar, que terá início em julho. Enquanto isso, o grupo continuará realizando audiências públicas e reuniões com representantes dos setores afetados até a apreciação no plenário, buscando alcançar maior consenso.

Dentro do governo, a aprovação do marco fiscal na Câmara tem estimulado um maior envolvimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que agora está diretamente engajado na articulação da reforma tributária juntamente com as equipes técnicas.

O projeto do marco fiscal, que substituirá o atual teto de gastos, foi aprovado com uma margem confortável de votos na Câmara e, agora, seguirá para votação no Senado, onde espera-se que haja maior alinhamento com o governo, reduzindo a probabilidade de alterações significativas no texto.

Para os economistas, essa sincronia entre parlamentares e governo pode ajudar a contornar as resistências comuns que surgem quando se trata de uma reforma tributária. No entanto, eles alertam que o debate se tornará mais complexo ao discutir a combinação de impostos estaduais e municipais, o que pode causar insatisfação entre alguns governantes.

A reforma tributária tem como principal objetivo unificar e simplificar os diversos impostos indiretos que incidem sobre empresas e serviços no país, como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.

Fonte: 247