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Violência na sala de aula: mãe de aluna agride professora em Campina Grande

A professora Rosângela Farias de Almeida dava aula na Escola Municipal Gracita Melo, em Campina Grande, quando foi atacada pela mãe de uma aluna. O caso ocorreu nesta terça-feira (30).

Rosângela procurou a polícia, mas não falou com a imprensa. Foi uma colega dela, que trabalha no colégio onde o crime ocorreu e preferiu não ser identificada, que se manifestou: “Essa mãe já tem uma richa com a professora faz um tempo. Daí a professora não quis atendê-la porque estava em aula no horário, e simplesmente ela invadiu a sala e deu um murro nela. Eu estou muito abalada, sabe? Porque  é uma pessoa que eu gosto muito, é uma professora exemplar, amiga, colega de trabalho”, disse.

O Sindicato dos Trabalhores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab-PB) se solidarizou com a professora, publicou nota de repúdio e lembrou que “O Código Penal, em seu Art. 331, prevê como crime o desacato a funcionário público no exercício da função ou em razão dela. Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa. ”

Segundo o Sintab-PB, “providências cabíveis já estão sendo tomadas”. A prefeitura não se pronunciou.

Medidas preventivas 

A violência contra professores nas escolas públicas não é algo raro. Uma busca rápida no Google mostrou mais de 265 mil reaultados. Geralmente, a questão é resolvida como caso de polícia apenas. Um município na Paraíba, no entanto, fez diferente. No início de maio, o prefeito de Pedra Lavrada, José Antônio Vasconcelos, sancionou uma lei que torna mais rígidas as medidas de combate à violência contra os professores. Aos educadores que sofrerem algum tipo de agressão nas escolas, a lei garante apoio jurídico e prevê troca de turno, transferência de escola, afastamento do profissional da sala de aula e até licença temporária sem perda salarial. Para os agressores, há previsão de afastamento temporário e expulsão.