Aniversário de 93 anos da morte do presidnete João Pessoa é lembrado pelo Governo da Paraíba
O aniversário de 93 anos da morte do presidente João Pessoa, assassinado em 26 de julho de 1930, foi comemorado ontem com um ato dividido em dois momentos. Parentes, admiradores, políticos e historiadores participaram primeiro de uma celebração Eucarística na Igreja da Misericórdia, no centro da capital. Em seguida, houve um ato cívico em frente ao monumento da Praça João Pessoa. João Pessoa foi assassinado em Pernambuco. O crime foi um marco político que ficou registrado na história também com a mudança do nome da capital e da bandeira da Paraíba, que foram mudados em homenagem ao político paraibano.
Parentes e historiadores participaram da visita ao túmulo do líder paraibano que dá nome a capital do Estado. O governador João Azevêdo (PSB) foi representado pelo secretário chefe de Governo, Roberto Paulino, que enfatizou a importância de João Pessoa para a história política da Paraíba. “João Pessoa foi um político grandioso. “Temos que lembrar sempre e continuar homenageando João Pessoa, que nos deixou um grande legado”, disse. O deputado estadual João Gonçalves também esteve presente.
O jornalista e acadêmico Abelardo Jurema Filho, sobrinho neto do presidente João Pessoa, participou das homenagens e destacou a importância do momento para a preservação da história política da Paraíba.
“Todos nós da família Pessoa ficamos muito felizes com as solenidades de hoje que marcaram os 93 anos da morte de um homem que deixou um legado de honestidade e honradez que muito orgulha a todos os paraibanos. Toda a programação prevista pela Secretaria de Governo, através do secretário Roberto Paulino, e executada pelo Cerimonial do Palácio, foi seguida à risca, da missa na Igreja da Misericórdia, celebrada pelo padre Edinaldo. ao ato cívico na praça João Pessoa, tudo correu da melhor forma possível, comemorou.
Para Abelardo, a história da Paraíba e do Brasil passa, irremediavelmente, pelos acontecimentos de 30, com a atuação do presidente João Pessoa.
“As homenagens ao presidente João Pessoa, além de justas, representam o reconhecimento a um homem público que transformou a Paraíba, não com a sua morte, mas pelas ações e realizações que marcaram a sua breve gestão e que tornou o seu nome nacionalmente conhecido”, disse.
O jornalista ainda cobrou mais empenho para que os eventos que circularam na Revolução de 30 possam ser mais abordados em escolas e outros eventos.
“Quando nos aproximamos do centenário da Revolução de 30 e daquele episódio da Confeitaria Glória, a história da Paraíba e do presidente João Pessoa, deveria ser levada com mais ênfase às escolas públicas e privadas, com a realização de concursos de redação e trabalhos escolares para que a juventude possa conhecer e se orgulhar da nossa história e dos homens que a construíram”, sugeriu Abelardo Jurema Filho.
João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi assassinado na Confeitaria Glória, em Recife, pelo advogado João Dantas, num episódio que mudou a história do Brasil e é considerado como o estopim da Revolução de 30. João Pessoa não ficou conhecido pela sua morte surpreendente. O ex-governador da Paraíba se projetou como homem público, como ministro do Supremo Tribunal Militar.
“João Pessoa enfrentou o poder dos coronéis, modernizou o Estado e realizou uma gestão íntegra e realizadora, daí ter sido tão amado e glorificado pelo povo paraibano de sua época. Ele ainda agiu com firmeza no combate à corrupção, fatos que determinariam a sua morte”, comentou Abelardo.
O vereador de João Pessoa Milanez Neto, agradeceu ao governo do estado por respeitar a história. “Ninguém constrói o presente e o futuro sem respeitar e cultuar o passado. Hoje, quando o governo do estado nos traz a praça João Pessoa, não está trazendo os familiares do presidente João Pessoa, ele está trazendo uma parte importante da história da Paraíba que foi construída para o Brasil e pro mundo”, disse o parlamentar.
João Pessoa
O paraibano João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em 24 de janeiro de 1878 na cidade de Umbuzeiro. Formou-se em Direito, influenciado pelo tio, Epitácio Pessoa, e foi auditor da Marinha, ministro do Supremo Tribunal Militar e foi eleito presidente da Paraíba em 1928. Ele também foi candidato a vice-presidente do Brasil na chapa encabeçada por Getúlio Vargas.