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João Pessoa terá polo textil. Projeto foi aprovado por deputados nesta quarta-feira. Veja quanto empregos vão ser gerados

Deputados estaduais aprovaram, por unanimidade,  o projeto de lei encaminhado pelo governador João Azevêdo (PSB) que autoriza a doação de um imóvel pertencente ao governo estadual para a Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (CINEP). Com isso, a  Paraíba dá mais um passo para a construção do polo fabril têxtil atacadista da moda na capital, João Pessoa. Com um investimento inicial de R$ 17 milhões, que vão beneficiar a região com estrutura calçamento, energia mais de 35 empresas serão erguidas em uma área de 4,7 mil metros quadrados, no distrito industrial de Mangabeira, gerando inicialmente dois mil empregos diretos e indiretos,  com empresas genuinamente paraibanas. A previsão é de que aconteça um faturamento inicial de R$135 milhões.

O terreno em questão possui uma área de aproximadamente 6 hectares e está situado no bairro de Mangabeira, na zona sul de João Pessoa, próximo à Avenida Hilton Souto Maior. A Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan) avaliou esse imóvel em cerca de R$ 14,59 milhões. Empresários do ramo marcaram presença nas galerias da ALPB, na intenção de pressionar os parlamentares para que aprovassem a transação em defesa do projeto feita pelo deputado estadual Eduardo Carneiro, que é presidente da Frente parlamentar do Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico da ALPB.

“É o sonho da maioria das fábricas que existem aqui, que são fábricas paraibanas. Isso vai facilitar financeiramente muitos projetos, muitas realizações de marcas, acessar novos mercados e, consequentemente, trazer renda para nosso Estado e gerar mais empregos”, afirmou o presidente da Apavest, Syrio Solano.

Os 35 empresários foram recebidos por Eduardo Carneiro que apontou para as potencialidades identificadas no estado da Paraíba e para o atual déficit de fábricas e indústrias têxteis.  “Essas 35 empresas, vão gerar só na primeira fase, mais de dois mil empregos. Investimentos por parte de empreendedores de R$ 17 milhões. Isso vai potencializar Vale do Mamanguape, Litoral Sul, Distrito de Mangabeira e chamar outras empresas a se instalarem aqui na Paraíba”.

“Hoje dirimimos as dúvidas e conseguimos contar com o apoio da maioria dos parlamentares presentes, aprovando essa pauta importante para o estado da Paraíba. A oposição já entende a importância da instalação deste Polo aqui em João Pessao”, finalizou.

Segundo Syrio Solano, presidente da Associação Paraibana dos Atacadistas do Vestuário (Apavest), o projeto é transparente e viável e que mostra uma sinergia entre governo e empresários “Esse é um pleito muito sério nosso são empresas que já atua há mais de 20 anos, quem participa da associação são empresas que de fato geram empregos, hoje mais de mil empregos. Então só as empresas mais organizadas, no setor de confecção, alfaiataria, moda praia, da grande João Pessoa. Então nós estamos unidos na Pavest há mais de um ano e conseguimos essa pauta para incentivar nosso setor. 80% dos empreendedores não têm lugar para trabalhar e precisam pagar aluguel. A indústria têxtil é muito cara, geramos empregos, mas não temos uma margem muito alta e concorremos com grandes produtores”, disse.

Chico Mendes (PSB), líder do Governo na ALPB, revelou durante a sessão que 35 empresas paraibanas devem usar o Polo Fabril Têxtil, que tem o período de 5 anos para ser instalado. O Projeto versa que os beneficiados com o Polo Fabril têm até cinco anos para se instalar nas empresas, caso contrário, o terreno volta ao Patrimônio Público da Paraíba.

A região de Mangabeira foi ressaltada  como uma área de elevado potencial para atividades comerciais relacionadas a vestuário, tanto em âmbito atacadista quanto varejista. Além disso, a região possui oferta significativa de mão de obra especializada no setor têxtil. O imóvel, atualmente cadastrado como Parque dos Transmissores da Rádio Tabajara, está inativo e sem planos definidos para sua utilização. Portanto, segundo a proposta do governo, ele pode ser desafetado sem prejuízo ao interesse público. O terreno está localizado no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, e é avaliado em R$ 14 milhões. Atualmente, o espaço está sem utilização e sem projeto ou estudo para uso por parte do governo.

“A região de Mangabeira, em João Pessoa, tem elevado potencial para atividades de comercialização de vestuário, tanto no atacado, quanto no varejo. Além disso, tem grande oferta de mão de obra especializada para o setor têxtil, capaz de atender a demanda para as mais de duas mil vagas que serão geradas com o polo têxtil que será instalado”, defende a matéria. O governo estadual ainda justificou que experiências em outros estados do Brasil e na própria Paraíba no setor têxtil e de confecções, demonstram a potencialidade para amplo desenvolvimento do segmento no Nordeste.

Na defesa do PL 638/2023, de maneira transparente, Wilson Filho esclareceu como se darão as regras para cessão do terreno. “A partir da Cinep, existe uma associação que está construindo com o Governo do Estado e que indicou esse terreno para a construção do Polo. Basicamente o Estado entra com a infraestrutura, mas as empresas precisam comprar os terrenos e sob o regimento das regras internas da Cinep, irão anunciar seu interesse em cada um dos lotes. Os empresários também terão um prazo para executar os serviços no local, de 12 meses. Se até o fim desse período não cumprirem o que ficou estabelecido em contrato, a Cinep irá se apropriar  do terreno de volta”, esclareceu. O parlamentar lembrou ainda a importância da aprovação da matéria para a geração de emprego e renda. “Estamos falando de 35 empresas que irão contratar mais de dois mil paraibanos. Esse Polo Fabril Têxtil irá se somar ao Polo Turístico de Cabo Branco nos impactos positivos em nossa economia. A Paraíba tem uma história de cultivo do algodão orgânico colorido e aí entra a nossa missão, enquanto parlamentares, de proporcionar oportunidade ao povo paraibano”, pontuou.

Após os esclarecimentos do parlamentar, que é líder do bloco da maioria na ALPB, o Projeto de Lei foi aprovado por unanimidade. “A gente tá aqui para debater quando for preciso e também esclarecer para a Casa e o para a população as matérias legislativas. Tenho certeza que a Paraíba toda irá colher os frutos do Polo Fabril Têxtil de Mangabeira e sou feliz por ter contribuído de alguma maneira com isso”, finalizou.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Paraíba emprega aproximadamente 10 mil pessoas na indústria têxtil, sendo o segundo maior empregador do setor na Região Nordeste.Na comparação entre os últimos cinco anos levantados pelo IBGE , o número de pessoas empregadas no setor subiu 20,58% na Paraíba, sendo o segundo maior crescimento da Região Nordeste – a Bahia cresceu 25,78%.