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Segundo Turno: entenda briga por apoios em João Pessoa

Esta quarta-feira deve ser decisiva para a disputa do segundo turno em João Pessoa. Com um período mais curto para a campanha e a busca pelos votos dos eleitores, os dois candidatos sobreviventes das disputas do primeiro turno, Cícero Lucena (Progressita)  e Nilvan Ferreira (MDB), buscam a todo custo emplacar alianças com os partidos derrotados.

Ontem, o deputado Federal Julian Lemos, presidente estadual do PSL e o vereador João Almeida, do Solidariedade  bateram o martelo sobre o apoio a Cícero Lucena. João Almeida obteve 1,73% dos votos válidos, ou seja, 6.312, menos do que o vereador mais votado para a Câmara Municipal da Capital. No entanto, ese apoio pode somar a Cícero votos de apoiadores da extrema direita.  “A chegada do vereador, que disputou o primeiro turno, fortalece ainda mais o nosso projeto de recuperar a cidade dos efeitos da pandemia e, assim, preparar um futuro melhor para nossa população. Missão que faremos em conjunto com todos que queiram cuidar de João Pessoa”, disse Cícero nas redes sociais.

A pergunta ainda era quem Raoni Mendes (DEM) deve apoiar? Hoje pela manhã, ele gravou um vídeo para os mais de 15 mil eleitores que escolheram o nome dele no ultimo domingo. Não falou em apoio, pediu que os eleitores esolhecem baseado nos principios e valores, mas que evitassem  o voto nulo ou a abstenção.

Por outro lado, o deputado estadual, quarto lugar nas eleições, Walber Virgulino (Patriota) disse que não há condição de escolha e disse que o voto dele será nulo. No entanto, Walber deixou os eleitores dele, foram mais de 50 mil, livres para fazer a escolha. Há uma certa tendência de que esses eleitores, mais comprometidos com o discurso de direita, possam se aproximar mais do candidato Cícero Lucena. Isso porque o progressista teria mais afinidade com os partidos que apoiam Bolsonaro.

Mas quem deve fazer a diferença neste segundo turno são mesmo os eleitores que votaram em Ruy Carneiro (PSDB), terceiro colocado com quase 60 mil votos. Há uma divisão neste sentido: Cássio  Cunha Lima, que ainda é um dos maiores representantes da legenda tucana, teria uma aproximação política com Cícero indiscutível, assim como o próprio Ruy. No entanto, Ruy teria que se desfazer de uma mágoa do progressista que já negou apoio a ele. Ruy vinha transitando. Nos últimos dias, Ruy se reuniu com Nilvan. O que falta saber é que preço terá esse apoio e se o MDB poderá se comprometer com o pagamento.

Ainda falta saber quem o prefeito de João Pessoa apoia. Luciano Cartaxo segue tentando afinar com o grupo emedebista, capitaneado por Nilvan Ferreira. Nos últimos dias houve várias reuniões neste sentido e já antecipou, que se não fechar com a ala emedebista, deve se posicionar pela netrualidade. Cartaxo não conseguiu emplacar o nome de Edilma Freire, que obteve a quinta colocação  e 47 mil votos. Número bem expressivo e desejado, quando a diferença entre os dois primeiros colocados foi de apenas 15 mil votos.

Esse tabuleiro de apoios deve ser definido até o final do dia de hoje. Amanhã, Cícero e Nilvan já devem cair em campo, na tentativa de buscar todo esse eleitorado que foi pulverizado no último domingo. E além disso, ambos terão que distribuir compromisso, gastar saliva e ousar nas propostas para tentar convencer os que se abstiveram de votar ou os que mesmo diante de 14 nomes, ainda foram às urnas para apenas anular o voto.