Opinião

Brasil, 31 de dezembro de 2020: 193 mil e 875 mortos por Covid-19

– Por Juliana Teixeira

O direito à vida se sobrepõe a qualquer outro. E o dever de zelar por ela também. E este zelo chega em primeiro ponto,  com a garantia da saúde. Mas quem deve fazer isto? A saúde é direito de todos, direito inalienável e subjetivo É dever do Poder Público disponibilizar acesso à assistência médica. A omissão deste viola direito líquido e certo do cidadão.

E quem atenta contra ela, é criminoso. Ainda mais se o faz com consciência e maldade no que está fazendo.

E por que ainda temos quem não associe as milhares de mortes ao presidente Bolsonaro? Difícil de entender. O representante maior de nossa nação, desde o ínicio desta pandemia, causada pelo novo corona vírus, minimizou a doença, chamou de gripezinha, disse que ele, por ser ex-atleta não sofreria. Ele não. Ele não! Mas os outros mais 193 mil brasileiros SIM. Eles, sendo atletas ou não, morreram. Sucumbiram num país mal administrado, com uma saúde pública deficiente e um presidente irresponsável, descuidado, leviano e imprudente, para não ir mais adiante, resume-se: criminoso.

Que a toda hora atentava contra cada um dos doentes, ridicularizava o uso da máscara, inventava formas de se tratar a doença, se lixava para o crescimentos dos casos. E foi assim durante os ultimos nove meses desta pandemia, e vai continuar sendo assim, no próximo ano, durante a organização, ou melhor, desorganização do Brasil na administração da vacina. O nosso país está la atrás na corrida pela imunização da Covid-19.  E sabe qual a estratégia de Bolsonaro para minimizar estes mais estes erros, agora? Diminuir a eficácia, ironizar, satirizar a vacina, brincar com a necessidade, mais esta necessidade. E quem é ele para atestar a qualidade de qualquer vacina? Por que as pessoas não se questionam sobre isso? Que conhecimento tem essa pessoa que tem no currículo a passagem pelo exército e 27 anos como parlamentar? Não vemos passagem por nenhum instituto de pesquisas, universidade, ou estudos em saúde. Mas as pessoas ainda se alimentam dos discursos irresponsáveis, de quem só quer ver o Brasil submergir mais diante do vírus mortal. Bolsonaro usa a estratégia porque não tem a vacina. É lógico. Tenta jogar no colo de outros o saldo dessas mortes. Politiza a doença e faz o que sempre fez, dá declarações inaceitáveis para tirar de foco as discussões necessárias e se esquivar das responsabilidades.

Mas o saldo negativo vai cair no colo dele. E o título de genocida vai chegar. E ele sabe, não é bobo. Por isso, desde já, mudou o presidencialismo de colisão, de confronto, a que se foi proposto. Sabe que mudanças de relação com o parlemento são necessárias para se manter vivo e quis abandonar o projeto, para cair no presidencialismo de coalisão. O que esperar de um presidente que está no fracasso, sem êxito, um  sem partido.

Ele corre e busca base majoritária de apoio para poder governar, já estendeu a maõ para o centrão, na tentativa de se fortalecer. A estratégia: melhorar as relações entre legislatito e executivo, reduzir a tensão com o judiciário e até  com o STF, para se livrar de pedidos de impeachment, que devem aportar em Brasília, após o conjunto de condutas irresponsáveis no combate à pandemia. Por isso, caro eleitor, não se iluda com mudanças de comportamento, passem no crédito e a perder de vista, essa conta, a dos mais de 193 mil mortos por covid-19 ao Bolsonaro. Sócio majoritário dos demsandos e deste cemitério de mortos no Brasil.  Sejamos reativos, a este presidente sem iniciativa. Lembrem-se disto em 2022.