Calvário: prisão de Pietro Harley e Edvaldo Rosas é mantida pela Justiça
O empresário Pietro Harley e o ex-presidente do PSB da Paraíba, Edvaldo Rosas, passaram por audiência de custódia virtual na tarde de hoje e tiveram a prisão mantida pela juíza Andrea Arcoverde.
Os dois foram detidos nesta quinta-feira pela manhã, nas 11ª e 12ª fases da Operação Calvário, acusados do desvio de dinheiro da Educação do Estado. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os dois integrariam uma organização criminosa que seria comandanda pelo ex-governador, Ricardo Coutinho.
Harley e Rosas, que estavam na Central de Polícia, foram encaminhados à Ala Especial da Penitenciária de Segurança Média Hitler Cantalice, no bairro de Mangabeira, na Capital. Coriolano Coutinho, que também recebeu mandado de prisão, já estava detido por violar medidas cautelares.
Saiba mais:
Calvário: Polícia Federal prende acusados de integrar esquema que desviou R$ 2,3 mi da Educação
Ricardo Coutinho e mais trinta pessoas são denunciadas por desvios na educação
Ex-secretário da Saúde da Paraíba afirma que Ricardo Coutinho sabia de pagamento de propina
Operação Calvário
A Operação Calvário foi deflagrada em dezembro de 2018. O objetivo era desarticular uma Organização Criminosa (ORCRIM) que agia por meio da Organização Social Cruz Vermelha Brasileira, fraudando contratos e desviando dinheiro público com a participação de servidores e agentes públicos. As investigações mostraram que ORCRIM tinha “tentáculos” em todo o país, incluindo a Paraíba. Aqui, de acordo com o Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público, foram desviados, só da Saúde, R$ 134 milhões de reais. Ainda de acordo com o MP, o ex-governador Ricardo Coutinho era o “cabeça” do esquema que envolvia o irmão dele, Coriolano Coutinho, ex-secretários de Estado e empresários. Nenhum deles foi condenado ainda, embora alguns permaneçam detidos preventivamente.