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Para conselheira do CFM, programa ‘Antes que Aconteça’ é solução de saúde pública

 

Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública, a violência contra as mulheres é vista como uma epidemia mundial. Em 2023 foram registrados 3.181 casos de violência contra a mulher no Brasil. É como se, a cada 24 horas horas, oito mulheres sofressem com crimes como agressões, torturas, ameaças e ofensas, assédio ou feminicídio.

Para a médica e conselheira do Conselho Federal de Medicina (CFM) pela Paraíba, Annelise Meneguesso, os dados mostram a dimensão do problema e fazem com que iniciativas como o programa ‘Antes que Aconteça’, celebrado nessa segunda-feira (3), sejam tão importantes para a superar esse mal, que pode atingir cerca de 35% de todas as mulheres do mundo em algum momento da vida, conforme estudo da OMS.

“A estimativa da OMS é que as mulheres em situação de violência doméstica, ao longo de suas vidas, apresentem mais problemas de saúde e busquem com mais frequência os serviços de saúde, devido as lesões imediatas, infecções, depressão e até transtorno mental, sem falar na causa mortis do feminicídio”, apontou a médica durante a solenidade.

A assinatura do termo de cooperação técnica para a execução do programa foi celebrada entre o Governo da Paraíba, Tribunal da Justiça da Paraíba e Fundação Parque Tecnológico. O programa ‘Antes que Aconteça’ foi idealizado pela senadora Daniella Ribeiro, quando era presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. O orçamento inicial é de R$ 315 milhões e prevê ações efetivas de combate à violência contra a mulher.

O programa prevê campanha educativa nas escolas, instalação de salas lilás em delegacias comuns, cursos de defesa pessoal voltado para as mulheres, monitoramento eletrônico com tecnologia de ponta, e, também, a autonomia da mulher por meio do empreendedorismo feminino, dentre outras medidas.