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Candidato à prefeitura de Princesa Isabel responde processo civil por “gato de energia”

 

Um caso alarmante envolvendo um contrato de locação comercial na cidade de Princesa Isabel, no Sertão do estado, revela uma situação que vai além do mero descumprimento contratual. No centro da controvérsia está o locador de um imóvel, o aposentado Euclides Cordeiro, do outro, o atual presidente da Câmara de Princesa Isabel, Ednaldo Melo, conhecido como Garrancho.
O presidente da Câmara, que também é candidato da situação está sendo processado civilmente por ter, segundo uma inspeção da Energisa, furtado energia durante 14 meses num imóvel alugado por ele, para ser a sede da empresa dele.

A denúncia contra o locador do imóvel foi feita pelo próprio locatário, após Garrancho ter se negado a pagar a dívida. O processo 0801037-38.2024.8.15.0311 pode ser consultado no site do Tribunal de Justiça da Paraíba. De acordo com a denúncia, Garrancho teria sido o responsável por fazer uma ligação investida, resultando num faturamento inferior ao consumo, segundo mostra o laudo da Energisa.

O proprietário do imóvel, o aposentado Euclides Cordeiro foi notificado pela operadora de energia elétrica e informou a irregularidade a Garrancho, que se negou a pagar os valores devidos. Por causa disso, o nome de Euclides foi parar na dívida ativa e ele não pode mais alugar o prédio, que esta com a energia cortada pela falta de pagamento.

“Eu confiei nele, um político conhecido e agora ele não quer pagar a dívida feita. Estou sendo prejudicado, não tenho como pagar e ainda estou sem poder alugar o ponto comercial”, lamenta.

O prédio em questão, está localizado na Rua Cel. Marcolino, nº 110, um dos endereços mais cobiçados de princesa Isabel. O contrato de locação foi firmado em agosto de 2016 e a irregularidade na ligação da energia foi identificada em novembro de 2023, após inspeção, provacada por  uma redução brusca na conta de energia.

O montante dessa fraude foi estimado em R$4.460,64, valor que até o momento não foi quitado. Como consequência direta dessa irregularidade, o nome do locador foi protestado em cartório pelo valor de R$968,25, referente aos últimos 90 dias de consumo não pago antes da descoberta do “gato”. Tal situação vem causando sérios danos ao locador, além de gerar consideráveis transtornos financeiros e emocionais.

Documentos apresentados pelo locador, incluindo o contrato de locação, a carta da Energisa detalhando a irregularidade, faturas de energia elétrica, e o boleto de protesto, reforçam sua alegação de que o responsável pelos débitos é o locatário, Ednaldo de Melo.

Este caso levanta questões preocupantes sobre a responsabilidade no cumprimento de contratos e o impacto de irregularidades como o “gato de energia”, que, além de ser uma prática ilegal, tem consequências que podem afetar terceiros de maneira grave e injusta. A expectativa é que a justiça seja feita e que o verdadeiro responsável por essa situação seja devidamente penalizado.

Euclides aguarda confirmação da justiça para audiência marcada para o dia 31 de outubro.

“Lamento que este homem seja candidato a prefeitura de Princesa. Se ele furta energia, imagina o que pode fazer administrando uma cidade”, questiona o aposentado.