Polícia prende dois homens por extorsão à primeira-dama; servidor público é apontado como mandante e está foragido
Na sexta-feira (27), a Polícia Civil da Paraíba prendeu dois homens em João Pessoa, acusados de extorquir Lauremília Lucena, mulher do prefeito da capital. A investigação também revelou o envolvimento de Jonathan Dário da Silva, funcionário da Prefeitura de João Pessoa, que ainda está foragido. Recentes apurações indicam que Jonathan também atua em contratos do governo estadual por meio de empresa especializada em assessoria técnica.
Horas antes de sua prisão, Lauremília havia prestado depoimento à Polícia e neste sábado (28), foi alvo de um mandado de prisão no âmbito da Operação Território Livre 3. A notícia gerou mobilização de seus apoiadores, que organizaram manifestações públicas em solidariedade à primeira-dama.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado por Tereza Cristina Barbosa, assistente de Lauremília, os suspeitos exigiram R$ 40 mil para não divulgar uma imagem comprometedora, supostamente ligando a primeira-dama a figuras do crime organizado. O primeiro contato foi realizado no dia 24 de setembro, através de mensagens.
Em seu depoimento à Polícia, Lauremiloa afirmou que, como primeira-dama, atende a muitas pessoas e, assim que tomou ciência da chantagem, pediu que sua equipe informasse imediatamente as autoridades competentes.
Após a denúncia, uma operação foi montada para prender os envolvidos durante a entrega do dinheiro, marcada para ocorrer nas proximidades da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Na ação, Genival Melo Filho e Lindon Jonhson Dantas foram detidos em flagrante. Os dois confessaram envolvimento, afirmando que seguiam ordens de Jonathan Dário e seguem detidos, aguardando a nomeação de seus advogados de defesa.