Vacinas contra a Covid-19: governadores e ministro da Saúde discutem compra dos imunizantes
O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), e demais governadores do país se reúnem nesta terça-feira com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O encontro para tratar da compra de vacinas contra a covid-19 é no Palácio do Planalto, mas, em função da pandemia, alguns gestores participam por videoconferência.
Governadores cobram ação efetiva do governo na imunização de toda a população e pedem que o Ministério da Saúde (MS) providencie todas as vacinas desenvolvidas e testadas sem politizar a questão, evitando a contaminação política do processo. Isso porque o Presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro a comprar a vacina chinesa Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac.
Na terça-feira (8), o governador da Paraíba informou que vai adquirir vacinas contra a Covid-19 de forma independente e paralela às ações do MS. Ele já autorizou contato da Secretaria de Saúde do Estado com o Governo de São Paulo onde o governador João Dória (PSDB) anunciou para 25 de janeiro a imunização em massa da população. Um lote com 600 litros de matéria-prima para fabricar o imunizante deve produzir 1 milhão de doses da Coronavac, mas ainda falta a regulamentação da Anvisa.
E o governo federal?
O governo federal deve adquirir 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, mas diz que ninguém será obrigado a tomar a dose.
O acordo entre Brasil e a farmacêutica prevê ainda a transferência de tecnologia para produção do imunizante à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esse foi o único contrato firmado pelo Ministério da Saúde que não manifestou interesse ainda por nenhuma outra vacina.
Plano preliminar de vacinação
O Ministério da Saúde divulgou um plano preliminar de vacinação e espera começar a imunização contra a Covid-19 só em abril. De acordo com esse plano, os primeiros a serem imunizados serão os idosos com mais de 75 anos. Também nesta fase, idosos com 60 anos ou mais que vivem em asilos ou instituições psiquiátricas, e população indígena.
A segunda fase do plano inclui demais idosos, com idades que vão dos 60 aos 74 anos.
Na terceira fase vão ser imunizadas pessoas com comorbidades e grandes chances de agravamento da doença em caso de infecção pelo cororavírus.
A quarta fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e detentos.