A despedida de Cartaxo. Veja o que o gestor conseguiu cumprir nos oito anos de mandato
Luciano Cartaxo (PV) finaliza o segundo mandato esta quinta-feira, 31 de dezembro de 2020. Foram 8 anos de governo, em que Luciano conseguiu dialogar muito bem com o poder legislativo, tendo boa governabilidade, obtendo maioria na Câmara Municipal de João Pessoa. Não enfrentando grandes crises ou problemas, à exceção da pandemia. Luciano deixa o governo com uma boa avaliação dos pessoenses, mas sem conseguir eleger a candidata proposta por ele à prefeitura, com algumas medidas de fim de festa e cumprindo cerca de 56% das propostas de governo que assumiu durante as campanhas.
Um dos primeiros compromissos honrados foi a permanência no cargo. Luciano poderia ter saído em 2018, para concorrer ao governo do estado, mas optou por não fazer. Ainda na área da administração, anunciou que faria concursos, um deles, para a procuradoria, o compromisso foi cumprido pela gestão, mesmo com alguns ajustes nos prazos.
Na área de Assistência social, o gestor acumula algumas pendências ao que se refere às promessas. Por exemplo, não construiu o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) no Varadouro. Levou em abril de 2020, para o bairro de Jaguaribe. Foram construídos dois centros deste tipo na cidade. O primeiro funciona no Centro. A administração construiu também centro de referência e padaria comunitária em Paratibe, uma Casa de Acolhida do Idoso, reestruturou e construiu cozinhas comunitárias, mas não conseguiu construir nenhum Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas).
Na área da economia, cumpriu promessas como, implantar programa de economia criativa e a Implementação programas de qualificação de mão de obra e de melhor aproveitamento da mão de obra especializada. As medidas foram adotadas para tornar a cidade mais competitiva.
Está na educação a maior parte dos créditos da administração de Luciano. Construiu 15 novas creches na cidade de João Pessoa, contemplando comunidades que ainda não tinham o serviço. Dobrou o número de escolas em tempo integral, construiu um Centro Educacional com programação variada que reúna lazer, cultura, tecnologia e práticas esportivas. Aumentou o número de vagas nos Centros de Referência em Educação Infantil (Creis). Ofertou mais vagas nos ensinos fundamental I e II, que hoje abrigam aproximadamente 40 mil alunos. Também construiu uma biblioteca pública municipal e distribuiu tablets para os alunos. Mas não conseguiu cumprir a promessa de Construir um Centro de Formação de Professores, para promover a formação continuada e garantir melhores condições de ensino e educação.
Na área da mobilidade urbana, conseguiu tirar do papel um projeto importante que foi o Plano de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Planmob) que foi apresentado em outubro de 2020, e a primeira ação dele, o projeto Conexão Bairro, com linhas de ônibus com passagens a R$ 2, começou a funcionar no dia 6 de outubro de 2020. Também modernizou a rede semafórica e instalou câmeras de monitoramento nos corredores da cidade.
Mas sai, deixando uma dívida: não conseguiu implantar o prometido e falado BRT na capital e nem ampliou a zona azul, ao contrário, o serviço parou de funcionar já tem um tempo. Mas disso, o pessoense não sente falta.
Na saúde, uma das áreas que Cartaxo mais enfrentou dificuldades, deixa dívidas como a reforma do Trauminha, que não foi concluída. Também não conseguiu fazer a Central de Exames e Diagnóstico, para diminuir o tempo de marcação de consultas e de realização de exames em João Pessoa. No entanto, construiu 15 novas Unidades de Saúde da Família, concluiu em parte a rede de cinco UPAs, conseguiu ampliar o serviço de cardiologia no Hospital Municipal Santa Isabel e Realizou mutirões de cirurgias eletivas e exames. Também conseguiu Construir a Casa Mamãe Bebê.
Na área da segurança pública, a gestão municipal não conseguiu fazer o concurso para a Guarda Municipal e nem o Observatório de Segurança Urbana que deveria contribuir para entender as dinâmicas da violência no município e desenvolver estratégias mais eficazes para combatê-la.
No Turismo, secretaria bem discreta, a gestão incluiu a reforma do Parque Arruda Câmara, da Lagoa e a requalificação do Centro Histórico, reformando casarões tombados pelo Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural e executar os projetos do PAC Cidades Históricas: Conventinho, Antiga Alfândega, Intendência da Alfândega, Fábrica de Gelo e Vias de acesso.
Num discurso Cartaxo foi coerente e saiu sem débitos. O de que transformaria a cidade de João Pessoa numa cidade mais espaços de lazer. Na ultima entrega do ano, ele disse: “Construímos uma João Pessoa mais humana, com mais qualidade de vida e bem-estar. Nossa cidade é a melhor para se viver no Nordeste e isso é fruto de nosso trabalho e dedicação para fazer uma cidade voltada para as pessoas. As praças cumprem um papel fundamental na vida de todos e ficamos muito felizes de chegar ao final do oitavo ano entregando mais uma praça e um Bosque no mesmo dia, para que pessoenses e turistas possam aproveitar e viver a cidade”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo. Ao todo, a gestão construiu ou requalificou 68 praças desde 2013 na Capital paraibana. Com esta média é como se a cada três meses fossem entregues duas novas praças na cidade, entre novas e requalificadas.
Cartaxo ainda contabiliza o saldo de 1.444 casas construídas, requalificação das avenidas Beira Rio e Epitácio Pessoa (em parte), melhoria da iluminação pública e deixa a gestão com R$354 milhões em caixa para Cícero Lucena (Progressita), o próximo gestor.