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“Essa é uma questão humanitária mundial”, aponta Milanez Neto em defesa do ‘Passaporte da vacina’

O projeto de Lei Ordinária nº 692/2021 de autoria do vereador Milanez Neto (PV), cria na Capital, a exigência da apresentação do cartão de vacina para a entrada em locais públicos, privados, eventos culturais, esportivos ou em qualquer local em que possa haver aglomeração de pessoas em que o controle epidemiológico seja necessário.

“O que a gente está pedindo é apenas durante a pandemia, que as pessoa possam fazer o que o mundo reconhece como a solução, que é a vacina. Não é o vereador Milanez, não é a cidade de João Pessoa, não é o estado da Paraíba, não é o Brasil, é o mundo. O mundo todo hoje, exige a vacinação como metodologia para você viver em sociedade e o Brasil não é uma ilha e nem irá tentar viver diferente” disse Milanez Neto.

Na tribuna da Casa, o parlamentar afirmou que essa é uma questão humanitária mundial, mas informou que vem sendo alvo de represálias por meio das redes sociais.

“Semana passada, apresentei o projeto sobre o passaporte de vacinação. Algumas pessoas se escondendo através das redes sociais tentam intimidar. Deixo claro que minha história política não me permite temer e me impulsiona a seguir em frente na defesa da vida de nossa população”, declarou o vereador.

Segundo Milanez Neto, o assunto está recebendo uma abordagem política partidária, em que, quem defende a vacinação é de esquerda e quem não defende é de direita. “Também estão invocando a necessidade de retomada da economia a pleno vapor, sem entraves. Não podemos discutir a economia sem vidas para usufruir dela. Ainda mais, essa não é uma inovação do Brasil. Desde sempre para se viajar a outros países sempre foi exigida a vacinação”, revelou. Ele lembrou que a comitiva do Brasil, que participou da 76ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), teve que se alimentar nas ruas de Nova Iorque, por não poderem entrar nos estabelecimentos da cidade, já que o presidente do Brasil alega não ter sido vacinado.

Milanez Neto afirmou que não estava excluindo ninguém, mas ao contrário, estava criando uma situação de inclusão. “O mundo fala que a vacinação é a solução mais viável. Defendo a maioria e principalmente a vida e o ser humano”, finalizou.

O projeto de Lei prevê a apresentação do cartão de vacina para entrar nos seguintes locais;

I – academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e de condicionamento físico e

clubes sociais;

II – vilas olímpicas, estádios e ginásios esportivos;

III – cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de

patinação;

IV – atividades de entretenimento, exceto quando expressamente vedadas;

V – locais de visitação turísticas, museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de

diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in;

VI – conferências, convenções, feiras comerciais, shopping center;

Como justificativa para apresentar o PLO, o vereador usou uma pesquisa realizada pelo Datafolha revelou que pelo menos 9% da população não quer se vacinar contra a Covid-19. De acordo com o projeto, a vacina não é apenas um bem individual. Trata-se de um bem coletivo, pois uma pessoa que é vacinada pode deixar de repassar para outras o Coronavírus ou mesmo ter a doença de forma branda, sem a necessidade de internação, deixando disponível leito para internação de paciente que esteja em pior situação de saúde.

“Acredito que com tal obrigatoriedade e o aumento do rigor na cobrança da vacinação das pessoas que estão dentro da faixa etária estabelecida pelo Ministério da Saúde, aliados à disponibilização de vacina pelo governo federal, será possível atingir uma maior cobertura vacinal e evitar que as pessoas adoeçam e morram” finalizou Milanez.