Brasil, Paraíba, Política

Sete paraibanos foram beneficiados com ‘orçamento secreto’ no Congresso. Saiba quais foram

Um ‘orçamento secreto’ de R$ 3,2 bilhões de reais usado para beneficiar parlamentares por meio das chamadas emendas de relator em troca de apoio. A estratégia do governo federal foi revelada pelo jornal O Globo e, de acordo com as informações levantadas, o valor pode ser ainda maior uma vez que essas emendas somaram mais R$ 38 bilhões de reais em 2020 e 2021.

As emendas de relator têm uma peculiaridade: quem pede a aplicação da verba não pode ser identificado. O destino do dinheiro também não, mas, segundo O Globo, pelo menos 290 deputados federais e senadores foram contemplados. Todos aliados de Jair Bolsonaro ou caciques do Centrão. Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senador, está no topo da lista. Recebeu, sozinho, R$ 335,9 milhões. Paraibanos também receberam fatias generosas desse bolo (R$ 148,21 milhões) com destaque para Wellington Roberto. Ele é presidente do PL, o novo partido de Bolsonaro, na Paraíba.

Veja quem sãos os outros contemplados e quanto cada um recebeu de acordo com O Globo:

Wellington Roberto (PL) R$ 81,54 milhões

Efraim Filho (DEM) R$ 25,05 milhões

Daniella Ribeiro (PP) R$ 21,85 milhões

Hugo Motta (Republicanos) R$ 13,29 milhões

Edna Henrique (PSDB) R$ 3,88 milhões

Ruy Carneiro (PSDB) R$ 1,60 milhão

Wilson Santiago (PTB) R$ 1 milhão

Quando o assunto é partido, o PSD foi o maior beneficiado. DEM, MDB, PP e PL aparecem em seguida:

PSD R$ 619 milhões

DEM R$ 519 milhões

MDB R$ 518 milhões

PP R$ 427 milhões

PL R$ 404 milhões

Histórico

O ‘orçamento secreto’ não é uma prática nova, mas virou notícia depois que o Estado de S.Paulo denunciou que o governo usava R$ 3 bilhões de reais para cooptar parlamentares e garantir apoio no Congresso. O “toma lá da cá” chegou a ser suspenso pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro. Pouco depois, dia seis de dezembro, Weber liberou os pagamentos pois considerou que a perda de continuidade impediria investimentos de interesse social. Na sexta-feira (16) da semana passada, maioria do STF deu parecer favorável pela liberação das emendas de relador sob a condição de que haja mais transparência na divulgação dos valores repassados.