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UFPB: CCJ, CCHLA e CE saem em defesa da democracia; Reitoria não se posiciona sobre atos golpistas

Neste domingo (8) marcado por atos terroristas e antidemocráticos em Brasília, a Direção do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) divulgou uma nota, afirmando que ” não aceita, não tolera e não admite ataques à Democracia” porque “os ataques têm como objetivo o enfraquecimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e da Constituição Federal, que são os pilares do mais longevo período democrático da história brasileira e devem ser protegidos e defendidos por todos os cidadãos, sobretudo, pelos profissionais do Direito”. Na nota, o CCJ pede apuração dos fatos e “punição exemplar dos criminosos e seus patrocinadores”.

Leia a nota na íntegra

NOTA

“A Direção do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba não aceita, não tolera e não admite ataques à Democracia.

O Estado Brasileiro Democrático de Direto, comprometido com os Direitos Humanos e impulsionado pelos compromissos assumidos pela Constituição Federal, repudia, condena e pune atos criminosos praticados por vândalos terroristas e considera inaceitável a invasão dos prédios públicos e os ataques desferidos contra os Três Poderes realizados neste domingo em Brasília.

É público e notório que além da depredação física, os ataques têm como objetivo o enfraquecimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e da Constituição Federal, que são os pilares do mais longevo período democrático da história brasileira e devem ser protegidos e defendidos por todos os cidadãos, sobretudo, pelos profissionais do Direito.

Pela presente nota, o CCJ/UFPB vem se somar aos defensores da República Federativa do Brasil e condenar os que promovem ataques à Democracia, exigindo apuração imediata e a consequente punição exemplar dos criminosos e seus patrocinadores.”

Anne Augusta Alencar Leite
Diretora do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba.

A Direção do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da UFPB usou sua conta no Instagram para repudiar os atos terroristas que marcaram este domingo e cobrar punição dos envolvidos.

A publicação, assinada pelo Diretor do Centro, professor Rodrigo Freire, e pelo vice-diretor, professor Marcelo Sticovsky, diz: “Repudiamos o terrorismo anti democrático. Os graves atos ocorridos hoje em Brasília precisam ser punidos com rigor. SEM ANISTIA!”

O Centro de Educação também usou o Instagram para manifestar “repúdio aos atos terroristas de invasão e depredação do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional”, De acordo com a Direção do CE, “esses atos expressam um atentado à democracia e às instituições nacionais, como consequência de todo o processo de ataque à ciência, à comunidade acadêmica, aos processos eleitorais e à soberania da sociedade brasileira que vivemos nos últimos anos”.
Continuaremos nossa posição firme em defesa do estado democrático de direito, da educação pública e universal, da gestão democrática da educação, apoiando as ações que visem punir e combater esses ataques que desrespeitam a democracia e a vontade do povo brasileiro.

O Centro de Educação também usou o Instagram para manifestar “repúdio aos atos terroristas de invasão e depredação do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional”, De acordo com a Direção do CE, “esses atos expressam um atentado à democracia e às instituições nacionais, como consequência de todo o processo de ataque à ciência, à comunidade acadêmica, aos processos eleitorais e à soberania da sociedade brasileira que vivemos nos últimos anos”.

Leia a nota completa:

Nota do CE/UFPB

A direção do Centro de Educação manifesta repúdio aos atos terroristas de invasão e depredação do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional. Manifestamos nossa preocupação com essa situação, pois esses atos expressam um atentado à democracia e às instituições nacionais, como consequência de todo o processo de ataque à ciência, à comunidade acadêmica, aos processos eleitorais e à soberania da sociedade brasileira que vivemos nos últimos anos.
Continuaremos nossa posição firme em defesa do estado democrático de direito, da educação pública e universal, da gestão democrática da educação, apoiando as ações que visem punir e combater esses ataques que desrespeitam a democracia e a vontade do povo brasileiro.

Já a UFPB não se pronunciou sobre os atos terroristas por meio de seu site ou assessoria de comunicação, diferente da Universidade de São Paulo, que publicou uma nota oficial em defesa da democracia. O reitor, professor Carlos Carlotti, e a vice-reitora, professa Maria Arminda, chamaram os golpistas bolsonaristas de “arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje” e rechaçaram toda destruição que resulta do “ódio” e da “ignorância”. Na nota, eles pedem “esclarecimento imediado dos fatos e a punição dos responsáveis pelo terrorismo”, e finalizam: “Ditadura nunca mais”.

Leia a nota na íntegra:

NOTA EM DEFESA DA DEMOCRACIA BRASILEIRA

A Universidade de São Paulo não aceita, não tolera e não admite agressões à democracia. Comprometida com a Constituição Cidadã de 1988 e com os Direitos Humanos, a USP repudia os atos criminosos e terroristas praticados por vândalos ridículos, que depredaram as sedes dos três poderes da República hoje em Brasília. Os arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje. Entidades do mundo todo, representantes de governos estrangeiros e instituições democráticas rechaçam a baderna e se solidarizam com o novo governo brasileiro, eleito em empossado legitimamente. Pela presente nota, a USP vem se somar aos que defendem a nossa República e rechaçar os que promovem a destruição, movidos pelo ódio e pela ignorância. A USP exige o esclarecimento imediado dos fatos e a punição dos responsáveis pelo terrorismo. Ditadura nunca mais.
Carlos Gilberto Carlotti
Reitor da USP
Maria Arminda do Nascimento Arruda
Vice-reitora da USP

 

Foto capa: EVARISTO SA / AFP