Vereadores bolsonaristas criticam ‘Passaporte da vacina’
Depois de passar pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), o ‘Passaporte da Vacina” agora reúne opositores na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), onde os vereadores revezaram nos pronunciamentos ao longo dessa semana. O projeto de Lei Ordinária nº 692/2021 de autoria do vereador Milanez Neto (PV), pretende criar na Capital, a exigência da apresentação do cartão de vacina, para a entrada em locais em que o controle epidemiológico seja necessário. o texto deve ser apreciado pela casa na próxima semana.
Os vereadores Carlão Pelo Bem e Tarcísio Jardim (ambos do Patriota) já se anteciparam na avaliação da matéria, pediram respeito à individualidade e ao livre-arbítrio de cada cidadão que opta por não tomar agora a vacina contra a Covid-19.
“Esta Casa é rica justamente pelos pensamentos contrários. Tenho orgulho de ser vereador da Câmara Municipal de João Pessoa, porque o contraditório é respeitado. Isso faz com que a Câmara seja mais forte”, declarou Carlão. Em seguida, expressou seu posicionamento sobre o passaporte de vacinação: “O que faz homens do Legislativo restringirem a liberdade de pessoas sem que elas tenham cometido um crime? Fazendo com que não tenham acesso a um restaurante, ao seu salário?”, questionou.
Ele ainda explicou: “Nunca serei contra a vacina, mas a gente não pode deixar de enxergar que houve celeridade para que se conseguisse vacinar as pessoas. O transcorrer normal é, no mínimo, de 10 a 15 anos para uma vacina. Por quatro anos as pessoas morriam de caxumba, à espera de vacina. Quantos anos foi a da Covid-19? Menos de um ano”.
O vereador Tarcísio Jardim usou seu espaço na tribuna para também manifestar sua opinião quanto ao tema: Estamos empobrecendo intelectualmente, querendo impor nossa visão uns aos outros. E o respeito está se acabando. Assim como está indo embora o respeito a quem quer ou não se vacinar”, explicou.
Além deles, tamném já manifestaram pensamento contrário ao tema a vereadora Eliza Virgínia (PP), que já chegou a receber críticas por desaconselhar a vacinação. Ela tem usado a narrativa do novo apartheid para justificar um voto contrário contra a medida. “Com o passaporte sanitário teremos um novo apartheid entre os não vacinados e vacinados”, diz Eliza sobre a cobrança do cartão de imunização.
Outro que já esboçou a negativa à matéria foi o vereador Bispo José Luiz (Republicanos), ue alega a dificuldade do poder público cumprir a nova regra. “Sou a favor da vacina; sou a favor da vida. Mas sou contra ‘passaporte de vacinação’. O próprio poder público lá na frente não irá cumprir a própria regra que estão querendo implantar. Réveillon e carnaval está vindo aí, duvido que isso será respeitado” disse o parlamentar.